
O governo de Las Tunas fechou 12 micro, pequenas e médias empresas (mipymes) por violar a resolução que regula temporariamente os preços máximos de venda ao público de seis produtos básicos de alta demanda.
O periódico oficialista Periódico 26 informou que "nesses 12 locais foi realizada a venda forçada dos produtos que tinham em estoque e que não estavam sendo comercializados".
Além disso, destacou que as violações mais comuns detectadas incluíam a fixação de preços acima dos permitidos, a falta de uso dos canais eletrônicos de pagamento e o ocultamento de produtos sujeitos a controle. Como resultado, foram aplicadas um total de 52 multas.
O portal de notícias oficialista indicou que, através das denúncias de cidadãos, foi comprovado que, após a publicação da resolução na Gaceta Oficial de Cuba, alguns produtos, especialmente o frango, desapareceram de forma súbita.
"Em outros lugares, denunciaram, seu preço ultrapassava o máximo indicado nas normas legais", destacou o Periódico 26.
No entanto, o site oficial reconheceu que alguns trabalhadores autônomos também entraram em contato com a redação para expressar sua preocupação, uma vez que a cotação indicada não lhes permitia arcar com o custo ao qual adquiriram o frango anteriormente, um problema que não foi levado em conta pelo regime que impôs a medida sem considerar questões como o investimento.
Por último, o regime utilizou o jornal como porta-voz para divulgar diferentes canais de comunicação para denunciar as violações da resolução que regula os preços, e convidou a população a utilizá-los, chamando de “controle popular” o velho recurso da denúncia.
Na última quinta-feira, o regime fechou 15 mipymes que apresentavam irregularidades na contabilidade.
Judith Navarro Ricardo, especialista jurídica da Oficina Nacional de Administração Tributária (ONAT), revelou que foram detectados maus manejos contábeis, como a contabilização de compras de equipamentos como despesas diretas em vez de inventários, o que diminui artificialmente o lucro da empresa.
Recentemente, também começou a multar as formas não estatais da economia que violaram os preços máximos impostos a seis artigos de primeira necessidade.
No entanto, recentemente, o Conselho de Ministros aprovou seis decretos-leis, que serão apresentados ao Conselho de Estado, nos quais atualizam as disposições jurídicas para as mipymes, trabalhadores por conta própria e empresas do setor privado em Cuba.
"Diferentemente do que afirmam os inimigos da Revolução, isso não é uma cruzada contra as mipymes nem contra a forma de gestão não estatal. São políticas aprovadas no Congresso do Partido Comunista", disse Manuel Marrero, primeiro-ministro de Cuba, sobre os novos decretos.
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