Presidente da Federação Colombiana de Futebol e seu filho entre os 27 detidos por caos na final da Copa América.

Ambos saíram da prisão após pagar a fiança.


O presidente da Federação Colombiana de Futebol e seu filho estão entre as 27 pessoas que foram oficialmente presas durante o caos desencadeado no domingo durante a final da Copa América entre Argentina e Colômbia.

Ramón Jesurún e seu filho Ramón Jamil Jesurún foram detidos após o término do encontro no Hard Rock Stadium e foram acusados, disse em declarações à The Associated Press o detetive da polícia de Miami-Dade, Andre Martin.

Padre e filho enfrentam três acusações de agressão a uma pessoa após serem acusados de brigar com vários seguranças, conforme revelado pela fonte.

Segundo o relatório policial, tanto Jesurún quanto seu filho estavam tentando acessar o campo após o término da partida e, ao encontrarem a entrada fechada, confrontaram o pessoal de segurança.

O confronto escalou rapidamente e relatórios detalham que ambos homens empurraram, agarraram pelo pescoço e chutaram um funcionário, que teve que ser levado para o hospital.

Um vídeo amplamente divulgado nas redes sobre a briga não permite apreciar o momento exato em que teria ocorrido a agressão física descrita, embora seja possível ver vários empurrões e que havia vários menores de idade envolvidos tentando separar.

Pai e filho, que já foram libertados após o pagamento de uma fiança, rejeitaram a versão das autoridades.

"Acredito... pelo pouco que ouvi, que contaram a história de forma errada... afinal, somos humanos, isso poderia acontecer com qualquer um e, bem, iremos nos manifestar oficialmente", disse Ramón Jamil ao sair da prisão em declarações à Telemundo 51.

O presidente da Federação Colombiana de Futebol, por sua vez, defendeu-se das acusações insistindo que não agrediu ninguém e que o relatório policial não reflete a realidade dos fatos.

Um guarda de segurança, daqueles que querem se fazer de importantes, ignorou [a autoridade de acesso total de Jesurún], insisti que ela podia entrar e me empurrou, e aí começou um tumulto ridículo, injusto, onde crianças foram atropeladas... investiguem", declarou Jesurún enquanto mostrava em câmera sua credencial de "acesso total" às instalações.

"Por culpa desse homem houve crianças atropeladas... eu me defendi... eu não agredi ninguém... é isso que diz o relatório, mas vejam o vídeo", reclamou o presidente da Federação Colombiana de Futebol.

Ramón Jesurún, de 71 anos, é membro da FIFA e tem atuado como presidente da federação desde 2015. O caso singular é que ele também é vice-presidente da CONMEBOL, o órgão dirigente do futebol sul-americano que foi responsável por organizar a Copa América.

Em um comunicado divulgado na segunda-feira, a CONMEBOL lamentou os incidentes nos quais vários torcedores tentaram entrar no estádio sem ingresso, comprometendo o brilho da final.

O Hard Rock Stadium destacou que a segurança foi uma responsabilidade compartilhada entre os administradores do estádio, a CONMEBOL, a Confederação da América do Norte, Central e Caribe (CONCACAF) e a polícia local.

A prefeita de Miami-Dade, Daniella Levine Cava, rejeitou a ideia de que a falta de policiais no estádio fosse o problema, destacando que havia mais de 800 oficiais e membros de outras agências presentes, em comparação com os pouco mais de 300 que costumam estar no Super Bowl.

Vídeos e imagens publicados nas redes sociais mostraram o caos reinante e desencadearam preocupações em relação à Copa do Mundo de 2026, já que o Hard Rock Stadium em Miami Gardens, casa dos Dolphins da NFL, sediará sete jogos da Copa do Mundo de 2026, incluindo um das quartas de final e a partida pelo terceiro lugar.

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