Pó de Sahara avança sobre o Atlântico.

O pó do Saara pode retardar a ocorrência de furacões, mas apenas a curto prazo.

Polvo del Sahara © Facebook / Miguel Noticias
Pó do Saara.Foto © Facebook / Miguel Noticias

O Atlântico tropical está sendo afetado pelo surto de poeira do Saara mais significativo dos últimos dois anos.

Este fenômeno afetou temporariamente a atividade tropical e contribuiu para o resfriamento das águas do Atlântico, especialmente perto da África, informou o meio Local 10.

Segundo a informação, o ar seco carregado de poeira proveniente dos desertos do norte da África geralmente atinge o pico no final de junho e julho, e é uma parte antecipada do ciclo sazonal.

Em 2023, a presença de poeira do Saara foi mínima, com a menor cobertura registrada em pelo menos 20 anos, desde que os satélites começaram a medir essa variável.

Em resposta aos que se perguntam se este fenômeno pode diminuir a presença de furacões, especialistas disseram que, embora os surtos de poeira bem sincronizados possam sufocar o desenvolvimento dos mesmos, espalhando ar seco nos trópicos e aumentando a cisalhamento do vento nas bordas da nuvem de poeira, há pouca relação entre a poeira e a atividade ciclônica geral.

Isso acontece porque o pó do Saara se dissipa rapidamente à medida que a atividade de furacões aumenta no final de agosto.

Não podemos confiar no aumento do pó para o que resta desta temporada de furacões, mas a presença do mesmo é uma notícia encorajadora a curto prazo após o início da temporada mais ativa dos últimos 30 anos, de acordo com as previsões.

O Atlântico tropical profundo permanecerá inativo até a próxima semana, em parte graças ao pó que tem estado em grande parte ausente desde 2022, conforme a nota.

No entanto, é recomendado aproveitar este intervalo para fortalecer os kits de suprimentos para furacões, pois a temporada recomeçará em breve, e agosto, o primeiro grande mês da temporada, está a menos de três semanas, destacaram os especialistas.

Matt Devitt, meteorologista da Universidade Estadual da Pensilvânia, informou recentemente que entre as consequências negativas desse fenômeno, estão a baixa qualidade do ar, que pode agravar problemas respiratórios, além de céus nublados e chuvas com poeira.

Também mencionou que diminui a ocorrência de tempestades, embora estas possam se tornar mais fortes. Indicou que a sensação de calor se intensifica, e que o pó pode transportar bactérias, o que poderia levar a florescimentos de algas como as marés vermelhas.

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