Uma jovem cubana publicou na manhã desta quarta-feira uma mensagem angustiante em um grupo do Facebook, pedindo ajuda, pois informou que seu marido faleceu de madrugada e ainda está aguardando por uma viatura do Instituto Médico Legal para a remoção do corpo.
"Não tenho querido me pronunciar por nenhum meio devido à dor tão grande que sinto, mas é indignante o que está acontecendo em Cuba. Meu marido faleceu às 1h45 da madrugada e agora são 10h25 e ainda estamos esperando por um carro da medicina legal porque não há", explicou Nathalia González no grupo do Facebook "Managua, Frank País y Las Guásimas".
A jovem acrescentou que foi à funerária de Maulines, localizada no município de Arroyo Naranjo, e que eles "estão iguais".
Nathalia mencionou que o corpo de seu marido "está supurando" e que não há resposta para as diligências realizadas. Ela também acrescentou que a Guarda Operacional foi avisada e chegou às 6 da manhã.
"Pelo amor de Deus, se alguém tiver o número de algum escritório onde esta situação possa ser resolvida, que me envie. Estou pedindo isso com a voz de uma esposa desesperada e uma mãe destroçada", concluiu a jovem, que é mãe de uma criança pequena, filho do jovem falecido.
No espaço de comentários da publicação, dezenas de internautas reagiram com uma mistura de indignação e tristeza à denúncia, e vários qualificaram como "falta de respeito" o fato de nem na morte se poder encontrar paz em Cuba.
Trata-se de uma conclusão recorrente à vista de várias situações similares denunciadas nos últimos meses, sendo uma das mais recentes e marcantes a falta de um carro fúnebre para trasladar o falecido ator Carlos Massola, um veículo que, nesse caso, a família aguardou por mais de sete horas.
Sobre a causa da morte do jovem marido de Nathalia, identificado como Dariel Peña, várias fontes confirmaram que foi um acidente de moto.
Um internauta compartilhou com a desesperada jovem o telefone de uma base de transporte e outros comentaristas concordaram que a recomendação que trará melhores resultados é oferecer suborno, que é a única maneira de resolver tudo em Cuba.
"Quando você fala sobre pagar, tudo aparece rapidamente", concluiu uma comentarista.
Também houve aqueles que mencionaram outros casos semelhantes recentes ou até mesmo alguém que relatou que isso já acontecia há sete anos.
É muito triste. Há sete anos eu perdi meu pai e tive que velar em casa. O caixão chegou às 9 da noite e ele tinha falecido às 6 da manhã.
Ao fechamento desta nota, não consta nenhuma atualização na publicação original - feita há três horas - sobre o lamentável caso.
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