Assassinam uma mãe cubana na Espanha.

A cubana era mãe de uma filha menor de idade.


Uma mulher de origem cubana foi assassinada pelo seu parceiro, um espanhol de 62 anos, na cidade de Antequera, na província de Málaga, Andaluzia, Espanha.

A vítima - cuja identidade não foi divulgada - tinha 50 anos e era mãe de uma menor de idade, não está claro se era filha em comum com seu agressor.

O feminicídio ocorreu na noite de 5 de julho, quando, após uma discussão doméstica, o homem asfixiou a mulher.

Foi precisamente o agressor quem deu o alerta ao ver que a mulher não estava a responder.

O homem avisou a uma vizinha, que encontrou a vítima junto a uma vala na parte de trás da casa e prestou os primeiros socorros à vítima, que ainda estava agonizando.

A vizinha ligou para o número de emergência 112 e equipes dos serviços de saúde e da Polícia Nacional foram deslocadas para o local, mas não puderam fazer nada pela cubana.

Ao observar que apresentava sinais externos de asfixia por sufocação, as autoridades ativaram o protocolo para casos suspeitos de morte violenta.

O casal havia iniciado o seu relacionamento amoroso em 2010 e viviam numa propriedade rural familiar que partilhavam com a mãe e o irmão do agressor.

Os agentes da Polícia Nacional ainda não conseguiram determinar se esse foi o motivo da agressão, mas o que conseguiram constatar foi que a convivência entre eles não era boa.

Interrogado pela imprensa, o prefeito de Antequera, Manuel Barón, indicou que o desejo da mulher era se separar de seu parceiro, o que pode ter sido o que desencadeou a briga e a agressão fatal.

A Câmara Municipal de Antequera convocou uma concentração de repúdio nesta terça-feira na porta da Câmara Municipal com o objetivo de mostrar solidariedade à família da vítima. Durante o ato, o prefeito da localidade malaguenha mostrou-se visivelmente chocado com o crime.

É a primeira vez que ocorre um evento desse tipo no município de Antequera. Sempre que você ouve na televisão ou no rádio, impacta, mas quando você já sente, vive ou tem em sua casa e em sua cidade, faz você refletir muito mais. Não é um caso anônimo. A verdade é que sinto muito e me emociono porque não entendo por que os seres humanos chegam a esse extremo e, além disso, com os vulneráveis, com os filhos, as mulheres e as famílias, fazendo-os sofrer", declarou Barón, que desejou que algo assim não se repita.

"Ninguém merece morrer por qualquer motivo, muito menos por este, pela inveja, pela posse. Não sei o que pode passar pela cabeça de um homem ou de uma pessoa para tirar a vida de uma mulher", acrescentou.

"Por trás de cada vítima há uma vida despedaçada e uma família destruída. Isso está se tornando cada vez mais difícil, mas, do Governo andaluz, estamos estabelecendo todas as diretrizes para tentar alcançar uma sociedade livre de violência, embora seja complicado", afirmou Loles López, conselheira de Inclusão Social, Juventude, Famílias e Igualdade da Junta de Andalucía.

Com este caso, o número de mulheres mortas por violência de gênero na Espanha sobe para 21 em 2024 e para 1.265 desde o início da coleta desses dados, em 2003.

O Ministério da Igualdade da Espanha lembra sobre a disponibilidade do telefone 016 para qualquer denúncia de violência, bem como consultas online através do email 016-online@igualdad.gob.es e do canal do WhatsApp no número 600 000 016. Estes serviços estão disponíveis 24 horas por dia, todos os dias da semana.

Além disso, em situações de emergência, você pode ligar para o 112 ou para os telefones de emergência da Polícia Nacional (091) e da Guarda Civil (062). Também é possível utilizar o aplicativo ALERTCOPS para enviar um sinal de alerta à polícia com geolocalização.

O delegado do Governo de Espanha em Andaluzia, Pedro Fernández, convocou uma reunião na próxima quarta-feira com os responsáveis das oito unidades provinciais de combate à violência de género e membros das Forças e Corpos de Segurança do Estado para analisar especificamente os seis assassinatos registrados em Andaluzia desde o início do ano, além de dois menores vítimas de violência vicária.

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