Andy Vázquez responde a ciberclaras que dizem que ele "não ajudou" Carlos Massola.

Em resposta às calúnias, Andy divulgou o áudio de duas conversas que teve com Massola, que demonstram que ele lhe enviava dinheiro.


O humorista cubano Andy Vázquez respondeu às críticas virtuais nas redes sociais que o acusaram de não ter ajudado o falecido ator Carlos Massola, que nos últimos anos enfrentava uma situação financeira difícil.

Numa transmissão ao vivo em seu perfil do Facebook, Andy lembrou que, ao saber da morte de Massola nesta semana, que se tornara uma figura incômoda para o regime devido às suas críticas e denúncias, ele compartilhou uma mensagem de condolências.

Sem o menor respeito, naquela publicação, os seguidores da ditadura o recriminaram por ter se esquecido de Massola e não ter prestado ajuda.

Em resposta a essas calúnias, Andy divulgou o áudio de duas conversas que tiveram meses atrás, que demonstram que ele enviava dinheiro para seu amigo.

Primeiro, ouve-se o falecido ator explicando que ele deveria enviar os dólares para uma jovem através do Zelle, porque seu cartão estava sendo monitorado pelo governo. Em um segundo diálogo, após receber o dinheiro, Massola agradecia emocionado.

"Fui obrigado a fazer isso que não queria, mas é preciso calar a boca de vocês", afirmou o intérprete de Facundo Correcto.

O humorista enfatizou que ele e muitos outros ajudavam e ajudam não apenas Massola, mas muitas pessoas em Cuba com diversos problemas.

Para que todos vocês clarifiquem que é a gusanera quem resolve as coisas que vocês não conseguem resolver. Agora onde vão enfiar a língua? Enfiem a língua no rabinho. Para depois não dizerem que nós, os gusanitos, não ajudamos - enfatizou.

"Se ajudamos Carlos Massola, sim enviamos dinheiro (...). O que vocês querem que nós publiquemos as coisas, e não publicamos, fazemos de coração. Mas como vocês insistem que nós não ajudamos, é necessário apresentar provas. Sim, o ajudamos e onde quer que esteja no céu, sabe que aqui ele tinha bons amigos", concluiu.

A morte do ator, que abertamente e sem medo denunciou o regime por sua falta de liberdades, sua ineficiência e sua corrupção, foi completamente ignorada pelas autoridades culturais de Cuba.

Nenhuma instituição cultural oficial ou meios de comunicação estatais se pronunciaram sobre o seu falecimento.

No meio do silêncio oficial predominante, a Assembleia de Cineastas Cubanos publicou, mais de 24 horas após a morte, um texto tímido no qual lamentou o fato, ao mesmo tempo em que usou alguns eufemismos para se referir à rebeldia política do ator.

Apesar do silêncio no âmbito oficial, Massola recebeu a homenagem de muitos de seus colegas e o carinho do povo, que soube apreciar o valor que o ator teve ao manifestar suas ideias políticas.

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