O MININT revela suposto plano armado contra Cuba financiado pelos EUA.

O regime anunciou que amanhã, segunda-feira, irá oferecer um programa especial onde mostrará as provas.

Edificio deel MININT en La Habana © Flickr/Tony Wasserman
Edifício do MININT em Havana.Foto © Flickr/Tony Wasserman

O regime cubano revelou detalhes sobre a prisão, em dezembro de 2023, de um cubano residente nos Estados Unidos que tinha entrado no país de forma ilegal com armas de fogo e munições por via marítima, seguindo um suposto plano que eles mencionam ter sido financiado pelo governo dos Estados Unidos.

Em dezembro de 2023, o governo cubano publicou na Gaceta Oficial da República a lista de pessoas e entidades que patrocinam o terrorismo contra Cuba; dois dias depois, foi divulgada uma informação preliminar sobre a neutralização de um novo plano de recrutamento para executar ações violentas em nosso país, planejado por um cidadão cubano residente nos Estados Unidos", relata o jornal oficial Granma.

A nota identifica o detido como Ardenys García Álvarez, um cubano que emigrou da ilha desde 2014.

Segundo o Ministério do Interior (MININT), Ardenys não estaria a trabalhar sozinho, mas outras pessoas residentes no país se juntariam a ele em território cubano.

De acordo com a versão da imprensa oficialista cubana, as ações não puderam ser realizadas graças a uma rápida intervenção do MININT, que "neutralizou" e "iniciou um processo investigativo focado nos fatos e nas pessoas envolvidas".

Nesse sentido, nesta segunda-feira, 8 de julho, "a Televisão Cubana transmitirá um programa especial com as provas que demonstram os planos e ações terroristas, bem como seus principais envolvidos", acrescentam.

A lista mencionada na nota oficial designa 61 pessoas e quase 20 organizações, todos cubanos residentes no exterior, que estão sendo investigados por supostos atos de terrorismo.

Os mencionados nesta resolução, a número 19/2023, "foram submetidos a investigações criminais e estão sendo procurados pelas autoridades cubanas, devido ao seu envolvimento na promoção, planejamento, organização, financiamento, apoio ou comissão de atos materializados no território nacional ou em outros países, em relação a atos de terrorismo", sentenciam.

No documento, foi apontado que o MININT assegura "ter motivos razoáveis e provas documentadas para incluir essas pessoas e organizações na Lista nacional de terroristas, de acordo com as normas internacionais e nacionais".

Entre os incluídos nesta lista, que Havana afirma ter sido entregue à Interpol e ao governo dos Estados Unidos, estão figuras do exílio cubano como Ninoska Pérez Castellón; Ramón Saúl Sánchez Rizo; Santiago Álvarez Fernández Magriñá; Orlando Gutiérrez Boronat; influenciadores nas redes sociais como Alexander Otaola; Ana Olema; Yamila Betancourt García (conhecida como Yamila, a filha de Maceo); Eliecer Ávila; Liu Santiesteban; Manuel Milanés; Alain Lambert Sánchez (Paparazzi cubano) ou Jorge Ramón Batista Calero (Ultrack).

A resposta dessas pessoas incluídas na lista tomou tons e estilos diferentes, mas todas concordaram em afirmar que a medida tomada pelo regime não significará para eles uma mudança em sua intenção de denunciar os ultrajes do governo cubano.

O que você acha?

Comentar

Arquivado em:


Tem algo para relatar? Escreva para CiberCuba:

editores@cibercuba.com +1 786 3965 689