Capturam pitão com mais de cinco metros nos Everglades, Flórida.

Matthew Kogo, um caçador da Comissão de Conservação de Pesca e Vida Selvagem da Flórida (FWC), conseguiu fazer a captura de sua vida, ao pegar uma cobra píton de 17 pés e uma polegada - mais de cinco metros - nos Everglades.


Um caçador de pítons na Flórida capturou um espécime de 17 pés e uma polegada - mais de cinco metros - nos Everglades, perto de Fort Lauderdale, na semana passada, e o momento impressionante da captura foi capturado em vídeo.

Matthew Kogo, um rastreador da Comissão de Conservação de Pesca e Vida Selvagem da Flórida (FWC), encontrou a cobra na Área de Gerenciamento de Vida Selvagem Francis S. Taylor.

Um dos vídeos mostra Kogo segurando firmemente a cabeça da pitão, enquanto ela se contorce.

Nas suas redes sociais, o experiente caçador explica como faz para que a enorme cobra se canse, e ele evite o perigo. "Tens que deixá-la trabalhar. Como dizem os meus amigos brasileiros de jiu-jitsu, tenho que deixá-las trabalhar", afirma num tom de brincadeira.

"Estás vendo como eu troco de mão?", diz à pessoa que está gravando a cena insólita. "Assim eu não me canso, deixando a serpente se cansar. Está vendo? Esta é uma boa garota".

Em outra filmagem, Kogo aparece sentado no chão com o réptil enrolado em suas pernas. Enquanto se recupera de sua "luta" com o animal e retoma o fôlego, ele recomenda: "Passe um tempo com uma cobra antes de capturá-la e retirá-la do claro. É um momento de qualidade".

Especialistas citados pelo canal de televisão WBBH, afiliado à NBC, consideram que não é coincidência que a captura da píton tenha ocorrido na temporada de furacões, pois "as temperaturas mais altas, as chuvas constantes e a umidade podem fazer com que as serpentes invasoras se tornem mais visíveis em mais áreas residenciais".

“As pitões e outras serpentes são ectotérmicas, então preferem estar ativas quando está quente e úmido. São serpentes tropicais”, afirmou o Dr. Andrew Durso, biólogo da vida selvagem e professor da Universidade da Costa do Golfo da Flórida.

A serpente píton birmanesa é uma espécie constritora, nativa da região indomalaya, na Ásia, e acredita-se que foi introduzida na Flórida por pessoas que as mantinham como animais de estimação e, devido ao seu crescimento extraordinário, as libertaram no Parque Nacional de Everglades, criando um problema para as espécies nativas.

As invasivas pitões podem atingir oito metros de comprimento e causar estragos na fauna selvagem nativa desse ecossistema no sul da Flórida, podendo até devorar jacarés. Reduziram algumas populações de mamíferos em até 90%, de acordo com o FWC. Não têm predadores naturais nos Everglades.

Essa é a razão pela qual, todos os anos, a Flórida celebra uma competição para eliminar essa espécie invasora dos Everglades. O Florida Python Challenge 2024 ocorrerá de 9 a 18 de agosto próximo.

Em novembro de 2023, um grupo de caçadores de pítons capturou nos Everglades a segunda serpente mais grande já registrada na Flórida. Media 17 pés e duas polegadas, pesava 198 libras e foram necessários cinco homens para controlá-la.

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