Jen O’Malley Dillon, chefe da campanha para a reeleição do presidente americano Joe Biden, reconheceu a consolidação da Flórida como um estado pró-Trump, considerando-o um território republicano fiel ao ex-presidente.
Em uma entrevista no podcast político Impolitic, O'Malley Dillon contradisse as declarações do próprio líder democrata ao afirmar que a Flórida não é um estado indeciso e que não estava em jogo em relação às eleições de novembro, como destacado pela agência EFE.
Com sua resposta, deu a entender que os esforços da campanha devem ser focados em outras áreas, porque "se enfrentarmos esta eleição como em 2020, vamos perder", reconheceu.
"Acredito que o trabalho da campanha é manter o maior número possível de estados em disputa durante o maior tempo possível, para que possamos navegar com qualquer flexibilidade na corrida", afirmou O'Malley Dillon no programa "Impolitic with John Heilemann".
Nesse sentido, ele apontou que é preciso focar em estados como Carolina do Norte ou Geórgia, onde Donald Trump mantém uma vantagem de intenção de voto de cerca de cinco pontos, bem como Michigan, Wisconsin, Pensilvânia, Arizona, Geórgia e Nevada, pois nos últimos anos tem havido um crescente apoio à proposta republicana na Flórida, o que reduz as opções de mudança.
Esta percepção é contrária à de Biden, que expressou durante uma visita a Tampa que "a Flórida está em jogo a nível nacional", principalmente devido à radicalização na proibição do aborto promovida pelos conservadores no país.
Conquistar este território a favor dos democratas é uma tarefa árdua, considerando que desde 2012, quando Barack Obama venceu, não conseguiram apoio em uma eleição presidencial e Trump venceu seus oponentes tanto em 2016 (contra Hillary Clinton) quanto em 2020 (contra Biden).
Dados históricos revelam que a Flórida é um dos territórios mais importantes na batalha das eleições presidenciais, uma vez que, de 1964 a 2016 (exceto 1992 e 2012), o vencedor do estado também conquistou a presidência na Casa Branca.
Apesar da dúvida persistir no caso da Flórida, a vice-chefe de gabinete da Casa Branca de 2021 a 2023 assegurou que Biden irá ganhar, ao mesmo tempo em que respondeu a perguntas sobre a idade do mandatário, a estratégia de batalha da equipe e a aptidão do presidente para o cargo.
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