O Canadá enviou um navio patrulheiro a Cuba para "disuadir", afirmou o Ministro da Defesa.

O Ministro da Defesa do Canadá disse que autorizou a chegada do navio de patrulha no porto de Havana.

Buque Harry DeWolf HMCS Margaret Brooke © Buque de guerra canadiense Margaret Brooke
Navio Harry DeWolf HMCS Margaret BrookeFoto © Buque de guerra canadiense Margaret Brooke Tradução: Foto © Navio de guerra canadense Margaret Brooke

O Ministro da Defesa do Canadá, Bill Blair, disse que aprovou a decisão de enviar um navio de guerra canadense para o porto de Havana, coincidindo com a frota de guerra russa esta semana.

"Este foi o resultado direto de um pedido feito pelo comandante do Comando de Operações Conjuntas e pelo almirante responsável pela Marinha Real Canadense", afirmou Blair em uma entrevista reproduzida pela mídia canadense CBC News.

O navio Harry DeWolf HMCS Margaret Brooke chegou ao Porto de Havana na sexta-feira, 14 de junho, e retornou às águas canadenses na segunda-feira, 17.

Segundo o ministro, "a visita ao porto foi cuidadosamente planejada a pedido do Canadá e foi anunciada antecipadamente pelos militares".

Como não aconteceu com a Ministra de Relações Exteriores do país norte-americano, Mélanie Joly, Blair disse que tinha conhecimento da presença de navios de guerra russos em Havana quando autorizou a marinha a enviar o HMCS Margaret Brooke para suas águas.

A Ministra Joly declarou desconhecer as razões da visita do navio de guerra em uma entrevista concedida a um veículo de comunicação canadense.

À pergunta: Por que o Canadá teria um navio em um porto cubano ao mesmo tempo que os navios militares russos estão lá?, ela responde que não estava ciente da situação.

"Esta é algo que preciso examinar mais de perto. É uma informação que é uma novidade para mim, pois o ministro da Defesa também está trabalhando com o CAF e o DND sobre este mesmo assunto; mas claro que vamos analisar e voltaremos", afirmou.

No entanto, o ministro da Defesa caribenho disse que "o navio canadense visitou Havana para demonstrar a presença, a capacidade naval e o compromisso do Canadá com as águas abertas e seguras nas Américas".

"Esta era uma missão militar. Pediram-me autorização para fazê-lo e eu concedi", afirmou.

A confluência de navios do Canadá, Rússia e Estados Unidos em Cuba, a apenas 160 quilômetros da Flórida, evocou lembranças da Guerra Fria e evidencia as tensões atuais entre a Rússia e os países ocidentais devido à guerra na Ucrânia.

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