Investigadores da Universidade da Flórida descobrem composto que combate o câncer.

O peptoíde descoberto pela equipe da Universidade do Norte da Flórida, que combate certos cancros da mama, cólon e pulmão e impede que progridam, recebeu uma patente nos Estados Unidos.


Três pesquisadores da University of North Florida (UNF) descobriram um composto destinado a combater o câncer, descoberta que "poderia levar a resultados significativamente melhores para pacientes com cânceres difíceis de tratar", anunciou a instituição em um comunicado.

O peptoide descoberto pela equipe da UNF ataca certos cânceres de mama, cólon e pulmão e impede que progridam. O composto recebeu uma patente americana, destacou a nota.

O estudo realizado pela UNF está entre os primeiros a explorar o uso de peptoides para o diagnóstico precoce do câncer e seu possível tratamento. Esta é a única universidade conhecida que está realizando esse tipo de estudo, afirma o texto.

A pesquisa centra-se num grupo de proteínas chamadas proteínas arginina metiltransferases (PRMT) para entender por que são produzidas em excesso e ativadas de forma significativa, o que as faz unir-se a mais proteínas do organismo”, explicou a UNF. “Quando isso acontece, é criada uma marca química nas proteínas chamada de metilação, que posteriormente faz com que os genes do câncer que antes estavam suprimidos se ativem: acende o câncer”.

A equipe docente da UNF é composta pelo Dr. Bryan Knuckley, pesquisador principal, presidente e professor do Departamento de Química e Bioquímica; o Dr. Corey Causey, professor associado de Química e Bioquímica; e a Dra. Fatima Rehman, professora associada de Biologia.

Knuckley iniciou a pesquisa logo após ingressar na UNF em 2012. À frente do projeto, o acadêmico identificou e desenvolveu novos compostos peptoides e realizou estudos bioquímicos para validar sua ação sobre as proteínas PRMT.

Enquanto isso, Causey criou os componentes essenciais para a síntese desses peptoides inovadores e Rehman teve um papel fundamental nos testes de eficácia e especificidade dos compostos em células cancerosas e normais humanas, a fim de avaliar seu potencial como terapia direcionada contra o câncer.

Estudantes universitários também participaram da pesquisa desde 2019.

Ainda estamos nas primeiras fases do processo, mas é um avanço emocionante e a pesquisa mostra uma intervenção promissora para o tratamento de alguns cânceres agressivos - disse Knuckley.

Atualmente, os pesquisadores estão examinando o mecanismo de ação exato pelo qual esses peptoides matam especificamente as células cancerosas. Paralelamente, eles estão realizando testes adicionais dos peptoides individuais projetados durante o estudo, enquanto aguardam a concessão de uma segunda patente dentro de um ano.

A UNF informou que a primeira patente obtida pela equipe se concentra no tratamento de cânceres por meio de peptoides direcionados às PRMT; enquanto a segunda, aguardando aprovação, é para compostos peptoides específicos.

"Este é um projeto vitalício para contribuir para acabar com o câncer", enfatizou Knuckley. "Queremos continuar pesquisando e realizando testes para entender melhor como essas proteínas funcionam e como podemos melhorar o inibidor para desenvolver novas terapias ou medicamentos".

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