Falece migrante cubano na fronteira do Chile com a Bolívia.

Embora as autoridades não tenham divulgado o nome da vítima, informaram que estão a investigar as causas da morte e o cadáver será trasladado para a cidade de Iquique para a autópsia correspondente.

Encuentran cuerpo de migrante cubano en Colchane, Chile © X/@hansgotterbarm
Encontrado corpo de migrante cubano em Colchane, Chile.Foto © X/@hansgotterbarm

O êxodo migratório de cubanos cobrou mais uma vítima na fronteira entre o Chile e a Bolívia, exatamente na comuna de Colchane, onde foi encontrado o corpo de um homem de cerca de 60 anos.

Segundo os relatos dos relatórios policiais, a descoberta ocorreu por volta das 8h30 desta terça-feira na área dos pântanos de Pisiga Carpa, a poucos metros da fronteira com a Bolívia, e é o segundo falecimento desse tipo neste mês de junho, conforme o portal de notícias chileno 24 horas.

O viajante de nacionalidade cubana, que aparentemente estava tentando atravessar o limite da fronteira, foi declarado morto por profissionais do posto de saúde de Colchane, depois de receber o aviso da Carabineros do Chile.

Embora as autoridades não tenham divulgado o nome da vítima, informaram que estão a investigar as causas da morte e o cadáver será trasladado para a cidade de Iquique para a autópsia correspondente.

Durante anos, o êxodo migratório de cubanos teve como destinos os países do sul e centro da América, que têm servido como rotas de acesso para chegar aos Estados Unidos ou novos territórios para reiniciar suas vidas, longe da crise econômica, política e social na ilha.

Precisamente nessa mesma região, Colchane, outros migrantes faleceram devido às condições deste ponto de passagem fronteiriço localizado numa área andina a mais de 3.600 metros de altitude acima do nível do mar e com temperaturas extremas.

Três anos atrás, foi notícia a descoberta do corpo sem vida do jovem migrante cubano Víctor David Copello Hernández, encontrado entre a Bolívia e o Peru em 17 de abril de 2021. Sua família lançou uma campanha de arrecadação na plataforma GoFundMe para repatriar o corpo.

Este caso se soma às dezenas de mortes registradas ao longo da rota entre Nicarágua e México, pela qual milhares de imigrantes passam diariamente, expostos às intempéries, gangs criminosas, tráfico de pessoas e acidentes, entre outras dificuldades.

Em fevereiro do ano em curso, autoridades do Instituto Guatemalteco de Migração identificaram nove migrantes cubanos falecidos em um acidente de trânsito ocorrido no km 134.5 da rota para o Pacífico, Chicacao, Suchitepéquez.

Antes desse incidente, entre o primeiro de janeiro e 5 de fevereiro, foram registrados quatro eventos nas rotas migratórias onde cidadãos cubanos morreram em território mexicano e guatemalteco, conforme relatado pelo El Toque.

Em datas recentes, houve notícia da morte de outro cubano, desta vez dentro da casa que alugava no condomínio Costa Verde em Tapachula, estado de Chiapas, no México.

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