O ministro da Energia russo garante cooperação para restaurar o sistema elétrico cubano.

"A participação e a experiência de especialistas russos representarão uma contribuição significativa para o setor energético de Cuba", disse o Ministro de Energia da Rússia.

Central Termoeléctrica (Imagen de Referencia) © Flickr/Peter Cantrill
Central Termoeléctrica (Imagem de Referência)Foto © Flickr/Peter Cantrill

O governo russo assegurou durante uma troca de informações com representantes cubanos sua intenção de ajudar a restabelecer o deteriorado sistema elétrico cubano.

O anúncio foi feito durante uma reunião em Moscou entre o ministro da Energia russo, Serguéi Tsiviliov, e o vice-primeiro ministro cubano, Ricardo Cabrisas Ruiz, segundo informou a EFE.

"A construção de novas instalações energéticas é uma etapa importante para o restabelecimento da capacidade de trabalho do sistema energético de Cuba", disse o funcionário russo, citado em um canal de Telegram.

Além disso, afirmou sentir-se confiante de que "a participação e a experiência dos especialistas russos representarão uma contribuição significativa para o setor energético de Cuba".

A visita de Cabrisas Ruiz ao gigante eurasiático também serviu para discutir sobre "as perspectivas de cooperação" que possam existir em áreas como combustíveis e energia entre ambas as nações, menciona o Ministério da Energia russo.

Adicionam que também focaram na cooperação na esfera do petróleo e gás, com ênfase no projeto conjunto do depósito de Boca de Jaruco, "onde foram alcançados altos níveis de extração de petróleo".

"A troca de experiências profissionais promoverá o desenvolvimento do diálogo entre nossos países na área de energia", afirmou o ministro da Energia russo.

A ampliação deste capítulo nas relações Cuba-Rússia, que reafirma os níveis de dependência que a ilha caribenha estabelece com o gigante euroasiático, ocorre em um momento em que graves problemas no sistema elétrico causam apagões de longas horas em quase todo o país.

A falta de combustível que as centrais termoelétricas necessitam, a obsolescência tecnológica destas pequenas indústrias de geração, que resultam em falhas constantes, somadas às manutenções de várias unidades dessas plantas, são fatores que contribuem para a situação de desespero em que os cubanos se encontram.

Há alguns meses, durante o retorno do governante cubano Miguel Díaz-Canel da Rússia, após uma visita "surpresa", o Ministro das Relações Exteriores Bruno Rodríguez Parrilla apontou do avião que os transportava e em uma versão para o podcast do mandatário que "a Rússia é um grande fornecedor de combustível".

Além disso, afirmou que há seis projetos de negócios em Cuba que funcionam com dinheiro russo e outros quatro, recentemente aprovados, prestes a serem implementados.

Outros cinco estão em "avaliação", revelou Díaz-Canel ao tomar a palavra. Todos têm a ver com o sistema energético e alimentação.

Embora tenha que confessar que existem "dificuldades" e resistências da Rússia em avançar mais rapidamente.

O certo é que, em termos de resultados, os cubanos não têm conseguido ver os frutos das contínuas viagens que tanto o presidente quanto membros de seu governo fazem ao território russo. Resta saber o quão eficaz pode ser a atual promessa do ministro da Energia da nação euroasiática.

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