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Guantánamo relata mais de 150 casos de febre por semana.

As autoridades de saúde pública não confirmaram a existência de casos do vírus de Oropouche na província oriental, mas alertaram sobre o aumento de pessoas sofrendo de "síndrome febril".

Calle Ahogados en la ciudad de Guantánamo (imagen de referencia) © Venceremos
Rua Afogados na cidade de Guantánamo (imagem de referência)Foto © Venceremos

Em meio a um cenário de saúde complicado e arriscado devido ao avanço do Oropouche em Cuba, o anúncio de que mais de 150 casos febris por semana estão sendo relatados na província de Guantánamo alerta para a possível presença do vírus nesse território.

Embora as autoridades de saúde daquela província oriental não tenham confirmado a existência de casos da doença, em uma reunião recente alertou-se sobre o aumento de pessoas afetadas pelo "síndrome febril", conforme relatório do jornal oficial Venceremos.

O doutor Nael Preval Campello, diretor provincial de Saúde, enfatizou que, além de febre alta, a doença causa sensibilidade à luz, fadiga e dores musculares, e recomendou à população que, caso apresente esses sintomas, deve ir à policlínica para "fazer exames e descartar qualquer perigo".

Em um encontro entre autoridades governamentais e cidadãos, denominado "Diálogo aberto com o povo", Preval insistiu que "para combater a doença, um saneamento ambiental adequado deve ser realizado em cada bairro" e que "a participação comunitária é vital para combater o mosquito".

O Culex quinquefasciatus, um dos dois vetores que transmitem a doença, prolifera em margens de rios, poços e locais com valas, lembrou.

O diretor de Saúde Pública não verificou a presença do vírus na província, no entanto, alertou sobre a necessidade de "garantir a atenção e detecção precoce dos pacientes afetados para evitar a progressão da doença e reduzir os riscos".

Devido à proximidade com a província de Santiago de Cuba, desde o final de maio, as autoridades sanitárias em Guantánamo intensificaram a vigilância epidemiológica e orientam as famílias sobre a sintomatologia desse vírus, conforme informações da emissora Radio Guantánamo.

Na véspera, foram relatados os primeiros casos do vírus de Oropouche na província de Villa Clara, a quarta onde é oficialmente confirmado desde que foi alertada a presença da arbovirose em Santiago de Cuba. Também se espalhou por municípios de Cienfuegos e Mayabeque.

Segundo informou Juan José Pulido López, diretor de Saúde de Villa Clara, os casos foram diagnosticados na vila de San Juan de los Yeras, no município de Ranchuelo, a partir de testes realizados pelo Instituto de Medicina Tropical Pedro Kourí (IPK), de Havana.

Enquanto isso, em Sancti Spíritus, foram relatados mais de 500 casos febris nos últimos sete dias e, apesar disso, as autoridades garantiram que não há presença do vírus Oropouche lá.

Embora o governo insista que não houve vítimas, na semana passada faleceu em Santiago de Cuba um estudante de 22 anos que estava internado com sintomas de Oropouche. O jovem residia no município de II Frente e cursava o quarto ano de Licenciatura em Pedagogia (especialidade em Geografia) na Universidade de Oriente.

Até o momento, o Ministério da Saúde Pública continua sem revelar o número de pessoas diagnosticadas com a doença no país.

Desde que foi descoberto em Trinidad e Tobago em 1955, esta é a primeira vez que o vírus Oropouche se manifesta em Cuba.

É transmitido pelo jejum Culicoides paraensis - que não foi detectado em Cuba, mas está presente na região das Américas - e pelo mosquito Culex quinquefasciatus, que é muito comum na ilha e habita em qualquer tipo de água, incluindo águas servidas e contaminadas.

Isso agrava o perigo de propagação no país, devido à falta de higiene nas áreas residenciais devido ao acúmulo de lixo, terrenos abandonados nos quais a grama cresce sem controle, vazamentos e a contaminação da água potável.

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