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Díaz-Canel pede aos cubanos para "se virarem" com a comida e não depender dos alimentos da cesta básica.

"Temos que chegar ao ponto em que este país se autoabasteça de alimentos... Mas para isso é preciso acreditar. E cada município tem que produzir a sua comida! E não ficar pensando no que vai entrar pela cesta", disse.


O governante cubano Miguel Díaz-Canel insistiu novamente na ideia mais importante de "continuidade", ou seja, que a responsabilidade de garantir que os cidadãos tenham suas necessidades básicas atendidas cabe aos governos locais e não aos líderes que controlam a economia centralizada e planejada do regime comunista.

Em visita ao Conselho Popular Naranjo, no município de Majibacoa, o primeiro secretário do Partido Comunista de Cuba (PCC) afirmou que na localidade havia "terra suficiente" para produzir seus próprios alimentos e incentivou a "guapear" para alcançar a auto-suficiência alimentar, em vez de "estar pensando no que vai entrar pela cesta".

"Temos que chegar ao ponto em que este país se autoabasteça de alimentos. Isso é o que nos dará segurança de verdade. Não depender das importações. Mas é preciso acreditar nisso. E cada município tem que garantir sua própria comida. E não ficar pensando no que vai entrar na cesta", disse o governante às autoridades locais, segundo reportagem da Visión Tunera.

Obcecado em "corrigir distorções e impulsionar a economia", o líder da chamada "continuidade" propôs uma nova estratégia para alcançar a "soberania alimentar" tão proclamada pela propaganda do regime cubano, consistindo em "guapear", o que em linguagem coloquial significa "ostentar ânimo e bravura nos perigos", conforme a Real Academia Espanhola.

Portanto: os cubanos devem começar a abandonar o "contrato social" que representa a caderneta de abastecimento e, de acordo com Díaz-Canel, devem encher-se de coragem para produzir os seus próprios alimentos. Isto é o que foi chamado de "eliminar subsídios excessivos e gratuidades indevidas" na linguagem do mal-sucedido "reordenamento econômico e monetário".

"O que entra no cesto, que seja para mais. Aqui há terra suficiente em Majibacoa para produzir toda a comida do município. E para dar comida a Las Tunas. Agora... é preciso trabalhar!", disse o governante designado pelo general Raúl Castro.

O chamado se repete. No final de maio, Díaz-Canel disse a um grupo de vizinhos de San Luis: "Estamos convencidos de que aqui há terra para produzir a comida que precisamos aqui, no município. E as mãos estão, a força está. E a coragem". Portanto, é preciso "cortar lenha" se quiserem comer.

A visita desta sexta-feira a Majibacoa deixou outras pérolas da filosofia política do governante, entre elas uma meditação sobre o papel dos dirigentes em Cuba. Segundo Díaz-Canel, a melhor maneira de aproveitar o tempo que os "quadros" têm é quando vão "à base".

"O tempo que dedicamos na base para resolver problemas, orientar a população, explicar. Se passarmos a maior parte do tempo no escritório, em reuniões, e não formos para a base, estamos afastados da realidade. E não transformamos, que é o que é necessário", sentenciou.

Demonstrando suas habilidades como orador, o novo secretário do PCC em Las Tunas, Walter Simón Norris, se comprometeu a cumprir o que foi incumbido por Díaz-Canel.

Fazer prosperar Las Tunas não pode ser apenas uma reivindicação ou esforço. Tem que ser uma decisão dos tuneros. E nossa, dos 'quadros', que temos que liderar e apoiar. E dizem que para ser grande, basta tentar o grande... Portanto, não há outra opção senão lutar", concluiu Norris.

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