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Êxodo de jovens afeta programa de doação de sangue em Matanzas.

O panorama adverso é palpável nas redes sociais: várias famílias cubanas têm utilizado esta via para salvar as suas vidas ou as dos seus familiares com extracções voluntárias.

Donación de sangre (imagen de referencia) © Captura de pantalla video YouTube
Doação de sangue (imagem de referência)Foto © Captura de pantalla vídeo YouTube

A crescente onda migratória que envolve Cuba é uma das maiores causas apontadas pelo regime devido à escassez de sangue e seus derivados no sistema de saúde da ilha.

Neste sentido, o jornal oficialista Girón, da província de Matanzas, relatou nesta quarta-feira as dificuldades pelas quais passa o programa mensal de doações devido, principalmente, à escassez de recursos e pessoas na idade apropriada dispostas a doar.

O texto, que cita o doutor José Ignacio Alonso Martínez, diretor do Banco de Sangue Provincial Minerva Duarte, aponta que o território está enfrentando momentos difíceis e menciona a recorrente desculpa do "bloqueio imperial", assim como o envelhecimento populacional, o aumento da migração e as dificuldades socioeconômicas.

O cenário adverso é palpável nas redes sociais: várias famílias cubanas têm usado esse meio para salvar suas vidas ou as de seus familiares com doações voluntárias.

Isso é uma consequência direta da diminuição significativa do número de doadores, que entre 1990 e 2019 caiu de aproximadamente 389.000 para 209.000, de acordo com o Escritório Nacional de Estatísticas e Informação (ONEI).

Na verdade, o primeiro trimestre de 2024 teve um descumprimento do programa. No entanto, Alonso reconheceu um ligeiro aumento em abril (1501), o que beneficiou os serviços de Oncologia, o Programa Materno-Infantil e o sistema cirúrgico de urgência.

No âmbito da Jornada do Doador Voluntário (6 a 14 de junho), o médico enfatizou que permanece o apelo para doar sangue a qualquer momento, mas é necessário o contínuo impulso do Partido Comunista, do governo local, das organizações em massa (CDR, FMC-ANAP) e dos sindicatos.

Há dois meses, estavam circulando nas plataformas digitais petições para uma menina e um jovem acidentado que precisavam de sangue, enquanto o ativista Yoelkis Torres Tápanes recorreu às redes para que sua mãe pudesse ser operada no final de 2023 em Matanzas.

Captura de Facebook/Yoelkis Torres Tapanes

Em março, outro cubano implorou por ajuda porque sua mãe está há mais de uma semana aguardando: “Preciso de uma doação de sangue em Pilón, Granma. Existem doadores e supostamente no hospital não há bolsas de sangue”, explicou o internauta Alexis Vargas em um vídeo que ele publicou no Facebook.

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