Uma jovem cubana usou seu perfil nas redes sociais para explicar aos seus seguidores o que é possível comprar atualmente com o salário mínimo recebido pelos trabalhadores na ilha.
A engenheira Raisa Zequeira, mãe de dois filhos e mulher empreendedora, compartilhou um vídeo no Instagram no qual mostrou os produtos alimentícios comprados no agromercado cubano e o preço de cada um deles.
"Mostro-vos o que podemos comprar aqui em Cuba com um pouco mais de um salário mínimo. Claro que estou a falar de comida, porque o que são roupas ou sapatos é quase impossível. Digam-me o que acham disto", escreveu a jovem em sua publicação.
Antes de mais nada, a engenheira explicou que o salário mínimo em Cuba ronda os 2.100 pesos desde a implementação do fracassado "ordenamento econômico e monetário" do governo da chamada "continuidade" de Miguel Díaz-Canel.
Desde então (janeiro de 2021) até o momento atual, a inflação disparou em Cuba e os preços aumentaram descontroladamente, enquanto os salários mal tiveram aumentos insignificantes.
Após esclarecer o valor do salário mínimo, Zequeira mostrou sua compra, consistente em um ramo de cebolas roxas (apenas cerca de dez cebolas) que lhe custou 1.000 pesos cubanos (CUP).
Além disso, a jovem comprou cinco bananas-maçãs a 30 pesos cada uma (150 CUP), um cacho de alhos de aproximadamente vinte cabeças (1,500 CUP), e quatro libras de tomates verdes, a 70 pesos a libra (280 CUP).
O custo total da compra feita por Zequeira foi de 2.930 pesos cubanos. "Isso parece caro ou barato para vocês? Na minha opinião, está extremamente caro, pois, com 2.900 pesos, o que poderíamos comprar? Alho, cebola, cinco bananas e um pouco de tomate", concluiu a jovem.
Zequeira é a autora de outros vídeos como este em que mostra os problemas cotidianos dos cubanos. No final de maio, ela compartilhou um em que explicou a modalidade de 'troca' à qual cada vez mais pessoas recorrem para satisfazer suas necessidades básicas de alimentação, higiene e higiene pessoal.
A meados de maio, a também youtuber compartilhou com seus seguidores como é um dia no Hospital Pediátrico Provincial de Artemisa, onde seu filho de quatro anos esteve internado.
As imagens mostraram a aguda crise que o Sistema de Saúde Pública em Cuba está atravessando. À falta de medicamentos, à escassez de suprimentos médicos e à deterioração da infraestrutura hospitalar, somam-se as condições insalubres do hospital, onde também foi interrompida a jovem mãe cubana.
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