Com o prêmio de Melhor Curta-Metragem no Festival Internacional Vienna Shorts, na Áustria, o cineasta cubano Alejandro Alonso reacende a chama do cinema independente da ilha e delineia o caminho para o Oscar.
A sua obra "A história escreve-se à noite" ganhou este domingo o maior reconhecimento do evento, que inclui uma recompensa em dinheiro (5.000 euros) e a oportunidade de concorrer a prémios da Academia de Hollywood, do cinema europeu, BAFTA e do cinema austríaco.
"Bravo por esta equipa!", referiu em tom alegre o texto no Facebook da empresa de produção independente Estudio ST - Serviços Audiovisuais, que enaltece esta conquista entre mais de 300 filmes de 67 países que chegaram às salas de Viena, destacando ainda a obtenção do Prêmio do Público no Documenta Madrid durante sua estreia espanhola.
Por um lado Alejandro Alonso e, por outro lado, Sergio Fernández (@sergeborras), tiveram a sorte de estar nessas cidades para receber os prêmios. Esperamos poder postar imagens em breve! A publicação agradeceu aos festivais e a todos que nos apoiaram nessa jornada.
Da mesma forma, ele destacou o valor do filme "em meio à escuridão, que não reside apenas em nosso filme, mas se tornou um fato persistente e real em nossa ilha". E acrescentou: "Saber que festivais e audiências atribuem importância a uma história tão próxima e espiritual, que é, ao mesmo tempo, registro, presságio e esperança, é um presente de luz".
A 21ª edição do concurso foi uma vitrine extraordinária para a proposta de Alonso, cuja produção cubano-francesa competiu na categoria de Ficção e Documentário, informou a agência EFE.
De acordo com a sinopse, a entrega apresenta uma realidade cada vez mais evidente na nação caribenha: um grande apagão. Neste caso, narra como os cortes de eletricidade têm mergulhado Cuba na escuridão e "nas ruas, os moradores tentam escapar da penumbra enquanto o fogo das fogueiras parece anunciar o fim de uma era. Refugiados no interior de nossa casa, minha mãe me conta uma visão que a atormenta há anos".
Estreado no início de 2024 no Festival Internacional de Cinema de Roterdã, Países Baixos, o curta-metragem partiu da premissa de filmar um apagão em seu estado mais puro, sem luzes artificiais, como relatado pelo seu realizador em entrevista ao Cubanet.
Qualificado pela crítica especializada como um "exercício exquisito de atmosfera cinematográfica", o curta-metragem "é feito da acumulação de imagens que fui arquivando ao longo de quase cinco anos. Muitas delas são inclusive material de pesquisa para outros projetos", observou Alonso.
Na equipe de produção da peça, cuja turnê inclui paradas em festivais na Grécia, Itália, Espanha, Brasil e Colômbia, entre outros, destacam-se nomes como Teresita Estrella, Daniela Muñoz, Boris Prieto, Lázaro Lemus, Daniel Alemán, Sergio Fernández Borrás e Rafael Ramírez.
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