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Pedem ajuda para localizar 19 pessoas desaparecidas na costa oeste de Cuba após suposta saída ilegal.

O grupo está desaparecido em algum lugar da costa ocidental do país, entre Artemisa e Mayabeque, no litoral norte ou sul.

Balseros en altamar (imagen de referencia) © Collage captura de Twitter/King Brown
Balseros em alto-mar (imagem de referência)Foto © Colagem captura de Twitter/King Brown

Um grupo de sete mulheres e 12 homens cubanos estão desaparecidos em algum lugar da costa ocidental do país, entre as províncias de Artemisa e Mayabeque, após uma suposta saída ilegal, alertou a plataforma YoSíTeCreo em Cuba.

A jovem matancera Melisa Odaisi Peraza, que estava desaparecida há 20 dias, faz parte do grupo desaparecido, do qual não se sabe se estão na costa norte ou sul do oeste de Cuba, explicou a organização no Facebook.

Captura de Facebook/YoSíTeCreo em Cuba

Segundo a nota, Peraza entrou em contato com sua família em Cárdenas e informou sobre o grupo de cubanos.

No entanto, nem ela nem ninguém do grupo pôde enviar a geolocalização porque mal têm cobertura ou bateria, estão com pouca água e perderam contato desde as 3:12 da tarde, hora de Cuba, disse YoSíTeCreo.

"Pedimos às autoridades que se mobilizem sem demora para encontrá-los", solicitou a plataforma.

Este domingo, uma pessoa que responde ao nome de Anayansi Carmona escreveu no grupo "Se busca familiares de balseros cubanos desaparecidos en el mar" no Facebook que "há pouco tempo partiram amigos que não puderam realizar seus sonhos, estão desaparecidos no mar".

No entanto, a publicação não fornece detalhes sobre essa saída de imigrantes e não confirma se se trata do mesmo grupo de cubanos.

Captura do Facebook/Anayansi Carmona

A ativista e jornalista independente Marta María Ramírez revelou no sábado em sua página no Facebook que Peraza, uma das integrantes do grupo desaparecido, saiu de sua casa em Cárdenas em 14 de maio rumo a Havana para encontrar um homem que conheceu através das redes sociais.

Captura de Facebook/Marta María Ramírez

No passado dia 27 de maio, depois de vários dias de tentativas infrutíferas de a contactar e depois de um conhecido a ter visto de longe na rua Ayestarán, em Havana, a caminhar com dois homens jovens, a família fez a denúncia à Polícia de Cárdenas.

Até o momento da publicação desta nota, não havia informações oficiais das autoridades cubanas sobre o incidente.

A incerteza, a tristeza, o medo e, sobretudo, a angústia que os cubanos sentem quando decidem fugir numa balsa só são superados pelo desejo de uma vida melhor, longe do país que os viu nascer, onde imperam a miséria, as violações dos direitos humanos e a falta de liberdades.

Um usuário do TikTok publicou recentemente um vídeo no qual, em apenas alguns segundos, se pode sentir a angústia de um grupo de pessoas, incluindo cubanos, em sua tentativa de alcançar as costas dos Estados Unidos em uma balsa.

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