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Outro dia de queda de dólares e euros no mercado informal de câmbio em Cuba.

A moeda norte-americana está em queda acelerada e abrupta há 18 dias consecutivos, durante os quais acumulou mais de 100 pesos de desvalorização.

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Imagem de referênciaFoto © CiberCuba

A queda do preço das moedas no mercado informal não para em Cuba, e neste domingo as cotações de dólares e euros registram uma nova queda.

A moeda dos Estados Unidos está em queda acelerada e abrupta há 18 dias consecutivos, durante os quais perdeu mais de 100 pesos em valor, confirmando um ritmo de queda sem precedentes desde que oTOQUE começou a documentar as flutuações de preço na venda informal de moedas na ilha.

Se, no dia anterior, o dólar caía 5 pontos e era cotado a 290 pesos cubanos (CUP), este domingo a nota verde afunda 8 pontos em relação ao dia anterior e é cotada a 282 pesos cubanos.

Um salto de cinco pontos foi registrado novamente no caso da moeda europeia. Neste domingo, o euro que ontem estava cotado a 300 CUP, amanhece a um preço de 295 CUP. Indiferente ao que acontece ao seu redor, a moeda livremente conversível (MLC) mantém a cotação da jornada anterior de 260 pesos.

Taxa de câmbio hoje 02/06/2024 - 6:22 da manhã em Cuba:

  • Taxa de câmbio do dólarUSD para CUPde acordo comelTOQUETranslate o seguinte texto para o português:282 CUP
  • Taxa de câmbio do euroEUR para CUPsegundoelTOQUETranslate the following text to Portuguese:295 CUP
  • Taxa de câmbio doMLC para CUPsegundoelTOQUETraduza o seguinte texto para o português:260 CUP

Taxa de câmbio alternativa de outras plataformas:

  • Taxa de câmbio do Dólar (USD): Compra 278 CUP, Venda 288 CUP.
  • Taxa de câmbio do Euro (EUR): Compra de 288 CUP, Venda de 296 CUP
  • Taxa de câmbio do MLC: Compra 250 CUP, Venda 258 CUP

A taxa de câmbio informal de Cuba oferecida aqui não é oficialmente reconhecida nem respaldada por nenhuma entidade financeira ou governamental.

Sem pára-quedas: As divisas sofrem uma queda vertiginosa em Cuba.

Em datas recentes, o meio independente elTOQUE, que desde 2019 documenta os altos e baixos dos preços das moedas de referência em Cuba no mercado informal, deu sua opinião sobre a queda abrupta do valor de dólares, euros e MLC.

O anúncio da retomada dos serviços de remessas para a ilha através da Western Union (em 9 de maio) e a proximidade de um valor fixo (400 CUP por 1 USD) podem ter influenciado nas expectativas, no chamado 'sentimento de mercado', conforme apontou inicialmente o economista Pavel Vidal Alejandro em um extenso artigo sobre o tema.

O economista destacou que foi estabelecido um "novo equilíbrio no consenso e na atitude dos participantes do mercado".

O aumento do número de pessoas que começaram a considerar que o preço das moedas estava excessivamente alto e optaram por vender antes de uma possível queda fez com que a oferta aumentasse.

Vidal Alejandro garantiu que, desde meados de maio - coincidindo com o início da queda das três moedas de referência - ocorreu um aumento significativo na oferta de divisas na amostra monitorada em espaços virtuais.

Por outro lado, o meio citado apontou que é natural ocorrerem "correções temporárias após um período prolongado de alta no mercado".

Explicou que desde 2022 ocorreram seis quedas pronunciadas e consecutivas nos valores das moedas, que em alguns casos duraram semanas, mas depois se recuperaram.

Está o peso cubano realmente se valorizando nos últimos dias?

Vidal Alejandro considerou que os fatores fundamentais que explicam os desequilíbrios internos e externos da economia cubana não mudaram e, portanto, "a atual inflexão da taxa não deve ser associada a uma modificação da tendência".

Nos últimos quatro anos, o valor do peso cubano tem mostrado uma tendência constante de desvalorização, o que está de acordo com o alto déficit fiscal, a excessiva emissão de pesos cubanos, a contração da produção nacional e das exportações, a crescente dependência de produtos e insumos importados, a dolarização, a emigração e a inflação generalizada e persistente nos mercados", isto é, a crise continua e não há motivo para que o peso mude sua tendência de desvalorização.

E há mais, o crescimento do turismo desacelerou, as exportações de bens ficaram aquém do esperado e a safra açucareira continua sem conseguir estabilizar a produção. Como se não bastasse, no encerramento de fevereiro deste ano, o desequilíbrio no orçamento do Estado acumulou mais de 20.000 milhões de pesos.

Por sua vez, o economista cubano Emilio Morales afirmou esta semana em entrevista concedida ao CiberCuba que é "impossível" que o peso cubano tenha se valorizado por si só, ganhando terreno em relação ao dólar, como tem acontecido nos últimos dias, e atribuiu a queda nos preços das divisas ao manobramento dos ciberclarias da UCI (Universidade de Ciências Informáticas) da ilha.

Na opinião de Morales, a única notícia que pode valorizar sozinha o peso é "que o Governo caiu", e isso porque finalmente se abriria a esperança de uma mudança de sistema.

Morales também descartou que a queda dos preços do dólar, euro e CUC em Cuba se deva a uma suposta injeção de divisas no mercado informal.

"De onde vão conseguir as divisas se têm apagões todos os dias porque não têm dinheiro para comprar petróleo? Teria que ser uma injeção multimilionária e não têm."

À pergunta se pode existir algum mecanismo que não seja a intervenção do governo para controlar a inflação esta semana, o economista respondeu com firmeza.

"Isso é mentira. Cuba não produz. Onde está o suporte produtivo para que isso aconteça? Provavelmente isso vai se recuperar e superar a barreira dos 400 pesos", afirmou.

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