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Resgatam cubana vítima de exploração sexual no México.

As cubanas, colombianas e venezuelanas lideram a lista de tráfico de mulheres estrangeiras no México.


Autoridades mexicanas desmantelaram uma rede de tráfico de mulheres que operava em cinco bares de Quintana Roo e onde havia uma migrante cubano e quatro venezuelanas sujeitas à exploração sexual.

Entre as vítimas, num total de 25, havia uma mulher cubana, quatro venezuelanas e 20 mexicanas distribuídas em diferentes clubes noturnos, informou a Procuradoria-Geral do Estado.

Elementos da Polícia de Investigação, em colaboração com a Guarda Nacional e a Organização Internacional O.U.R. Rescue, conseguiram assegurar sete mulheres em um bar da colônia Centro e, no estabelecimento localizado na estrada federal Cancún-Tulum, colônia Ejidal, resgataram outras 12, detalhou a entidade.

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Agrega que em outro estabelecimento localizado nesta mesma colônia, conseguiram resgatar três mulheres e em um estabelecimento próximo resgataram mais três.

Todas as vítimas receberam atendimento médico e prestaram declaração ao Ministério Público.

Estas ações foram possíveis graças ao fato de que no passado dia 17 de maio as autoridades também resgataram 17 mulheres de nacionalidade argentina que estavam sendo obrigadas a trabalhar em um bar no município de Solidaridade e teriam denunciado a rede de tráfico.

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Durante o cerco a cinco bares, os elementos participantes conseguiram deter um homem identificado como Enrique Abelardo "N", que é o suposto responsável pela coordenação dos estabelecimentos.

Ao perceber a presença surpresa dos agentes em um dos bares, o sujeito tentou escapar, mas os guardas o alcançaram e o entregaram ao Ministério Público.

As primeiras investigações apontam o detido como um dos líderes da estrutura criminosa dedicada ao tráfico de pessoas em sua modalidade de exploração sexual e laboral. O acusado atuava como responsável pela supervisão dos bares.

Em fevereiro passado, a organização feminista Caminantas, que atende mulheres migrantes no México, alertou sobre um aumento nos casos de tráfico de cubanas, colombianas e venezuelanas.

Muitas mulheres chegam ao território mexicano com a promessa de um emprego ou depois de terem construído um relacionamento amoroso pela internet com homens mexicanos que as ajudaram financeiramente a elas ou às suas famílias durante vários meses ou mesmo anos, como afirmou María Ángel Vielma, membro da Caminantas, em entrevista à agência EFE.

"O agressor vai identificando qual é a necessidade da vítima para manipulá-la, é o anzol disfarçado de amor", disse Vielma, acrescentando que tudo muda quando, uma vez no território mexicano, as vítimas de tráfico são submetidas a diferentes tipos de violência.

Algumas pedem ajuda, mas outras ficam em silêncio e se submetem, pois para elas é difícil retornar, já que compraram a passagem de avião ou tentam convencê-las manipulando suas famílias em seu local de origem.

María Ángel Vielma detalhou que esses casos são comuns entre mulheres que vêm de países com crises econômicas ou com nacionalidades sobre as quais existem estereótipos de beleza feminina, como é o caso das cubanas, das colombianas e das venezuelanas.

Laura Cortés, membro do coletivo e especialista em questões de gênero, observou que na exploração de mulheres também ocorre uma "xenofobia seletiva".

Se você é da América Central, o tratamento e os comentários pejorativos são muito feios. Se você é colombiana, cubana ou venezuelana, é a garota sexy, a bomba, o que eles veem na televisão, acreditando que é uma mulher desses países - disse.

Isso faz com que o número de mulheres dessas nacionalidades citadas lidere a lista de tráfico de mulheres em território mexicano e também das estrangeiras assassinadas.

A agência citada detalhou que, das 227 estrangeiras assassinadas no México de 2015 a 2023, 32 eram colombianas e 29 venezuelanas, de acordo com o Sistema Nacional de Segurança Pública (SNSP).

A EFE não detalhou o número de cubanas assassinadas nesse período de tempo.

Em meados de janeiro, um total de 25 mulheres da Venezuela, Colômbia, Cuba e México foram detidas durante uma revista em um bar no estado mexicano de Quintana Roo, de acordo com um comunicado publicado pela Procuradoria-Geral da referida entidade federativa ao sul do México.

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