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Reportam incêndio num lixão em Santiago de Cuba.

O incidente ocorre no meio da emergência sanitária na província devido aos casos de febre de Oropouche.


Um incêndio foi registrado na noite desta segunda-feira em um depósito de lixo da área de Chicharrones, na cidade de Santiago de Cuba.

O incêndio começou por volta das 9 da noite na rua E entre C e rua 3, conforme relatado nas redes sociais pelo jornalista Yosmany Mayeta, que documenta ativamente os principais eventos de sua província a partir de Washington - graças à sua extensa rede de seguidores.

Quem enviou a informação pediu que não revelassem sua identidade, por medo de represálias, e disse que "parece que o incêndio não foi intencional", afirmou o comunicador.

Um breve vídeo divulgado mostrou os bombeiros recém-chegados ao local se preparando para apagar o fogo, que começou perto de residências.

Apesar de não ter havido danos materiais nem humanos, Yosmany Mayeta opinou que o incidente pode ser visto como "um alerta às autoridades sanitárias da cidade, para que ajam com prontidão e removam rapidamente, após a grave situação epidemiológica, os grandes aterros sanitários da cidade".

Esta segunda-feira, o Ministério da Saúde Pública (MINSAP) de Cuba confirmou a presença na província de Santiago de Cuba de casos da febre de Oropouche, uma doença viral transmitida por mosquitos e moscas.

O comunicado oficial divulgado pelo MINSAP indicou que, após "ações de acompanhamento e vigilância de síndromes febris inespecíficos na província de Santiago de Cuba, foi identificada a presença do vírus Oropouche em duas áreas de Saúde dos municípios de Santiago de Cuba (Ernesto Guevara) e Songo La Maya (Carlos J. Finlay), a partir de amostras analisadas no laboratório nacional de referência do Instituto Pedro Kourí (IPK)".

O Ministério da Saúde diz que todos os casos evoluíram de forma favorável, com melhora dos sintomas entre o terceiro e o quarto dia do início da doença.

Em declarações posteriores, Francisco Durán García, diretor nacional de Epidemiologia do Ministério da Saúde Pública de Cuba, alertou sobre a presença confirmada no país pela primeira vez do vírus Oropouche e advertiu que, embora o quadro clínico não seja grave, não deve ser subestimado.

Ao contrário do dengue e de outras doenças, que são transmitidas pela picada do mosquito Aedes Aegypti, o Oropouche é transmitido pelo jejum Culicoides paraensis - que está presente na região das Américas - mas também pelo mosquito Culex quinquefasciatus.

Durán García explicou que a espécie de mosquito Culicoides paraensis não foi detectada no país, mas sim está presente o mosquito Culex quinquefasciatus, que se reproduz em qualquer tipo de água, incluindo a água de esgoto e contaminada, o que agrava o perigo em Cuba devido à escassa higiene.

"O pior de tudo é que ele se reproduz em qualquer poça de água, até mesmo em águas servidas, em acúmulos de água de qualquer tipo. Seu controle requer muito da participação popular", afirmou o especialista em declarações para a Televisão Cubana.

"Existe em todas as províncias, em todos os municípios de todas as regiões... É o mosquito que incomoda muito principalmente no horário noturno", disse Durán García sobre o mosquito Culex quinquefasciatus.

A acumulação de lixo e vazamentos de esgoto proliferam em alguns bairros da cidade de Santiago de Cuba, fenômeno que infelizmente se estende por todo o país.

Não é a primeira vez nos últimos meses que incêndios misteriosos são declarados em aterros de diferentes províncias.

Em fevereiro, um incêndio que começou no lixão de Santa Clara, originado em uma floresta próxima, cobriu parte da cidade com fumaça.

Previamente na noite de 5 de janeiro, os moradores do bairro de Lawton, no município de Diez de Octubre, em Havana, teriam decidido incendiar o lixo acumulado em um enorme aterro nas esquinas das ruas San Anastasio e Carmen, conforme foi divulgado na época.

Em novembro do ano passado, um enorme lixão que cercava um armazém no Centro de Havana também pegou fogo.

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