Uma tempestade de granizo "apagou" nesta terça-feira as chamas das altas temperaturas no município de Guanajay, Artemisa, que registrou por volta das 3:15 da tarde intensas precipitações acompanhadas das referidas "pedrinhas" de gelo.
De acordo com o Centro de Previsões do Instituto de Meteorologia (Insmet), "os granizos possuem tamanhos variados, variando entre uma ervilha e aproximadamente 1,5 centímetros de diâmetro... a queda de granizo tem sido acompanhada por chuva intensa, mas não foram ouvidos trovões".
Esse tipo de chuva sólida formada por bolas ou pedaços de gelo é a segunda registrada nesse território artemiseño em 2024, já que em março passado ocorreu um evento semelhante de grande magnitude, comparável a outras cidades do mundo pela abundância de granizo que encheram pátios, ruas e estradas.
Ao contrário do fenômeno anterior, que causou danos a propriedades e infraestruturas energéticas, desta vez não houve raios, e até agora não há relatos de danos econômicos.
No entanto, relatórios de granizo na ilha são emitidos com maior frequência, como o registrado no início de maio, quando o Insmet informou sobre uma forte tempestade que afetou a província de Ciego de Ávila.
Tudo isso é consequência do agravamento das condições climáticas em todo o território nacional, pois nas últimas 24 horas foram caracterizadas pela ocorrência de numerosas chuvas e tempestades locais severas em províncias como Matanzas, Villa Clara, Ciego de Ávila, Sancti Spíritus e Las Tunas, onde foi detectada a queda de granizo de diferentes tamanhos.
Entre as áreas mais afetadas estiveram as comunidades de Iguará e Venegas, no município de Yaguajay, em Sancti Spíritus, de acordo com as informações fornecidas ao jornal Escambray pela secretária do partido da região, Mileydi Milián Barnés.
Os dados preliminares mostraram que o fenômeno meteorológico causou rupturas nas redes elétricas e desabamento de telhados na Fábrica de Queijos Mérida, Unidade Suína, fazendas de gado de Venegas e casas dos moradores.
As precipitações registadas atingiram os 11,2 milímetros às 18:00 de segunda-feira e estão associadas à passagem de uma depressão nos níveis médio e alto da atmosfera, à qual se somaram a queda de granizo e fortes ventos (86 km/h), explicou Yusmani Mesa, especialista do grupo de previsões do Centro Meteorológico Provincial.
Este tipo de sistemas climáticos testam a capacidade de resposta do regime aos eventos meteorológicos, pois de 1 de junho a 30 de novembro enfrentará uma temporada ciclônica ativa, com previsão de formação de cerca de vinte ciclones tropicais em toda a bacia do Atlântico Norte, dos quais 11 podem se tornar furacões.
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