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Candidata presidencial promete "impor ordem" na fronteira sul do México se ganhar as eleições.

O partido que vencer as eleições de junho próximo determinará a política migratória do México nos próximos anos.

Xóchitl Gálvez en el tercer y último debate presidencial. © X / Xóchitl Gálvez
Xóchitl Gálvez no terceiro e último debate presidencial.Foto © X / Xóchitl Gálvez

A candidata Xóchitl Gálvez prometeu neste domingo, durante o último debate antes das eleições presidenciais, que se for eleita vai "colocar ordem" na fronteira sul do México.

É preciso compreender claramente que hoje a fronteira sul está nas mãos dos criminosos, hoje os criminosos controlam a migração e isso é muito grave - afirmou Gálvez, da coalizão opositora Força e Coração por México, durante o terceiro e último debate organizado pelo Instituto Nacional Eleitoral, conforme relatado pela Telemundo 51.

Com as eleições presidenciais ao virar da esquina, em 2 de junho, os diferentes candidatos centraram seus argumentos em torno do tema da migração, de acordo com a emissora citada.

A política migratória implementada pelo presidente Andrés Manuel López Obrador (AMLO), do partido Movimento Regeneração Nacional (Morena) e da iniciativa política conhecida como a "quarta transformação" ou "4T", foi duramente criticada por Gálvez.

"Dobrou-se perante Donald Trump (2017-2021) aceitando a devolução de migrantes de outros países sem exigir que, pelo menos, houvesse uma regularização dos nossos compatriotas que vivem nos Estados Unidos", sublinhou a aspirante que recentemente prometeu pôr fim à contratação de médicos cubanos caso vença as eleições no México.

Enquanto Gálvez criticou o governo de AMLO, acusando-o de "ceder" ao ex-presidente dos Estados Unidos Trump, o outro candidato da oposição, Jorge Álvarez Máynez, do Movimento Cidadão (MC), exigiu "mais firmeza".

Álvarez insistiu que será um presidente que defenderá os mexicanos onde quer que estejam, e também destacou que "para exigir respeito na fronteira norte, é preciso respeitar os direitos humanos na fronteira sul, parar de ser o quintal dos Estados Unidos", comentou.

A este respeito, embora tenha questionado a atitude de AMLO em relação aos Estados Unidos, ele também lembrou que Trump visitou o país quando Enrique Peña Nieto (2012-2018), do Partido Revolucionário Institucional (PRI), estava no poder, o qual agora apoia Gálvez.

Segundo ele, é importante considerar que o México "precisa de firmeza e inteligência em sua relação com os Estados Unidos, especialmente se um racista como Trump chegar ao poder. Peña Nieto recebeu Trump e fez campanha para ele, uma vergonha".

Por último, o candidato do MC insistiu que será um desafio se Trump retornar à Casa Branca após as eleições americanas de novembro próximo, destacando os efeitos que ambos os países terão ao terem eleições presidenciais este ano.

Sobre o assunto, a candidata e representante do partido Morena – o mesmo de AMLO – Claudia Sheinbaum, reconheceu durante o debate que é necessário reformar o Instituto Nacional de Migração e a Comissão Mexicana de Ajuda aos Refugiados, mais conhecida como Comar.

Sheinbaum elogiou o trabalho de AMLO em política externa e assegurou que continuará com a ideia de abordar as causas da migração, apontou a CNN.

O tema da migração ganhou destaque entre os candidatos e a população em geral, devido ao registro de um recorde de mais de 782.000 migrantes irregulares em 2023, representando um aumento anual de cerca de 77%.

Recentemente, os presidentes dos Estados Unidos e do México anunciaram que adotarão medidas imediatas para reduzir "significativamente" as travessias irregulares de migrantes na fronteira entre ambos os países.

Joe Biden e Andrés Manuel López Obrador emitiram um comunicado conjunto que revela que falaram por telefone no domingo, 28 de abril, sobre o compromisso contínuo de fortalecer a cooperação bilateral e regional em benefício de seus povos.

A curto prazo, os dois líderes ordenaram às suas equipes de segurança nacional que trabalhassem em conjunto para implementar imediatamente medidas concretas para reduzir significativamente as travessias irregulares das fronteiras e, ao mesmo tempo, proteger os direitos humanos.

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