O Museu de Cera de Bayamo, que gerou tanta polêmica no passado com a incorporação de uma representação da trovadora Sara González, adicionou neste sábado uma figura de Adalberto Álvarez.
Embora a instituição tenha sido criticada várias vezes por suas representações controversas, desta vez adicionou uma peça feita em cera policromada e em tamanho natural bastante decente e fiel ao Cavaleiro do Son, conforme relatado pelo jornal oficialista Granma.
A obra foi realizada pelos artistas Rafael Barrios Madrigal e seu filho Rafael Barrios Milán, e "recria a imagem de Adalberto Álvarez correspondente aproximadamente aos seus 60 anos de idade".
Além disso, foi "enriquecida com roupas, sapatos e outros objetos do artista doados por seus familiares, entre os quais se destaca o güiro (instrumento musical) que o distinguia em cada uma de suas apresentações", informou o portal de notícias.
Com a peça dedicada ao Cavaleiro do Son, a instituição alcança 27 obras dedicadas a "personalidades da história, política e cultura cubanas e internacionais, bem como personagens populares".
Para a ocasião, o controverso Cándido Fabré apresentou uma nova música intitulada "Adalberto, o son precisa de ti" durante a cerimônia de revelação da estátua.
O fundador do Son 14 faleceu em 2021, aos 72 anos de idade, deixando um importante legado musical com músicas como "Y qué tú quieres que te den", "A bailar el toca toca", "Para bailar casino" e "A Bayamo en coche".
O Museu de Cera de Bayamo, único em seu tipo em Cuba, em 2017 foi centro de uma grande polêmica ao revelar uma peça em homenagem à cantautora Sara González, uma figura emblemática da Nova Trova cubana e da vida cultural ligada principalmente aos atos políticos do governo da Ilha.
No entanto, o gesto dos irmãos Rafael e Leander Barrios Milán, juntamente com seu pai e mestre Rafael Barrios Madrigal, acabou desencadeando uma discussão inimaginável nas redes sociais, onde intelectuais, artistas e usuários em geral satirizaram o monumento e chegaram a compará-lo, até mesmo, com "uma versão feminina de Hugo Chávez".
Finalmente, a viúva da trovadora, Diana Balboa, informou que a figura de cera foi retirada do museu, depois de ter recebido críticas por parte de amigos e familiares.
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