A atual crise enfrentada pelo regime cubano com o abastecimento de combustíveis e a proliferação dos cortes de energia os obrigou a adiar o tradicional exercício Meteoro 2024, que é realizado para mobilizar a população antes da temporada de furacões.
O Estado-Maior da Defesa Civil de Cuba anunciou nas redes sociais que tomou a decisão de suspender o evento "devido à complexa situação do sistema elétrico nacional".
O exercício programado para este fim de semana foi remarcado para 31 de maio e 1º de junho, aparentemente com otimismo de que em menos de quinze dias a situação atual do país encontre um caminho melhor.
Em uma entrevista concedida ao jornalista espanhol Ignacio Ramonet, recentemente publicada no jornal oficialista Granma, o governante Miguel Díaz-Canel reconheceu que a ilha está "em uma situação extremamente complexa no tema energético".
Segundo ele enumerou, durante sua gestão falham "a geração de eletricidade devido à falta de combustível, à falta de manutenção ou à combinação dos dois fatores". Em última análise, a culpa dos apagões é "das problemáticas tecnológicas" e de terem sido organizadas "estratégias de manutenção" pensando em "minimizar os impactos no verão".
Apesar das justificações do mandatário, é o povo que permanece em constante estresse devido aos apagões, que chegaram a superar as 14 horas em algumas localidades.
Na quinta-feira passada à noite, houve protestos em Baracoa, Guantánamo, onde as pessoas saíram às ruas para manifestar sua indignação com a abusiva falta de eletricidade e a escassez de alimentos.
"Queremos eletricidade e comida!", ouviu-se várias pessoas gritarem durante protestos nos quais não houve danos nem conflitos com a polícia.
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