O Secretário Geral do Turismo da ONU, Zurab Pololikashvili, qualificou de “estúpidos” os ativistas da sociedade civil cubana e os turistas desencantados que pedem para não viajar a Cuba.
Isto foi expresso durante o intercâmbio realizado nesta terça-feira entre membros do governo cubano e diretores de turismo da ONU, ministros regionais do setor e empresários da América Latina e do Caribe, segundo o NTV.
“Se hoje ou ontem algum estúpido (desculpem-me a palavra) diz que não devemos ir a Cuba, bem, é por isso que estamos aqui: para dizer a todos que têm que vir. Assim é. Cuba é um dos países mais seguros que visitei”, disse Pololikashvili nos corredores do Palácio da Revolução.
Com os índices de criminalidade, criminalidade e violência disparando em Cuba, os alarmes começam a soar nas agências de viagens e nos meios de comunicação especializados do sector do turismo que alertam os turistas que os níveis de segurança em Cuba já não são os mesmos.
A isto soma-se o declínio do sector na Ilha, onde a crise económica, a pandemia e a má gestão levaram aos piores números da história do turismo internacional nos últimos tempos.
Por último, mas não menos importante, na percepção de Cuba como um destino seguro para o turismo, está o facto de nos últimos anos os crescentes protestos populares terem colocado em evidência o regime ditatorial e violador dos direitos humanos que prevalece em Cuba, uma realidade que estraga as belezas naturais do país. .
A crise generalizada, a deterioração das infra-estruturas hoteleiras, a escassez de alimentos, a falta de higiene nas ruas (e mesmo nos quartos dos turistas), o êxodo migratório que tem impactado pessoal qualificado, a ruína dos serviços públicos (incluindo transportes e saúde pública) também contribuem para difundir a percepção de Cuba como um país pouco atraente e seguro para o turismo internacional.
Os activistas que alertam a opinião pública internacional para esta situação foram chamados de “estúpidos” pelo secretário-geral do Turismo da ONU, um funcionário georgiano que ocupou altos cargos no governo do seu país e que foi diplomata.
No comando desse escritório das Nações Unidas desde 2018, Pololiskashvili ocupou vários cargos de chefia nos setores público e privado.
Depois de se formar em banca, adquiriu vasta experiência no setor privado, ocupando posição de destaque num dos maiores bancos do seu país e sendo CEO da principal equipa de futebol do país, o FC Dinamo Tbilisi.
Depois de um ano como Vice-Ministro dos Negócios Estrangeiros, foi nomeado Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário da Geórgia em Espanha, Andorra, Argélia e Marrocos em 2006 e posteriormente, entre 2009 e 2010, foi Ministro do Desenvolvimento Económico do seu país. Como tal, Pololikashvili supervisionou o desenvolvimento do turismo na Geórgia.
No final de 2021, os Estados-Membros reuniram-se em Madrid para a vigésima quarta Assembleia Geral e votaram a favor da renovação do seu mandato como Secretário-Geral.
Nesta terça-feira conseguiu ainda mais méritos sob o olhar cúmplice de Manuel Marrero Cruz e Miguel Díaz-Canel.
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