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Apesar de que os números de emprego em Cuba aumentaram em 2021, em comparação com o ano anterior, 12.655 pessoas que procuraram as oficinas do Ministério do Trabalho e da Segurança Social (MTSS) em busca de emprego ficaram sem colocação, informou o Granma.
Ariel Fonseca Quesada, diretor geral de Emprego do MTSS, esclareceu que, ao final de 2021, 236 mil cubanos estavam empregados, o que representa um aumento em relação a 2020, quando foram empregados 147 mil.
"O que mais aumentou foi o número de pessoas sem vínculo laboral e, desses casos, 169.000 se incorporaram ao emprego," afirmou o funcionário.
Os 12.655 solicitantes que não foram alocados, segundo o meio oficial, tiveram acesso a "cursos de capacitação para exercer ofícios e começaram a se preparar".
Embora o funcionário não tenha se aprofundado nas causas, notícias anteriores sobre o assunto alertam que a inflação gerada após a Tarefa de Ordenamento tem afetado a perda de poder aquisitivo dos salários estatais.
Em fevereiro de 2021, a imprensa estatal informou que, das mais de 10.600 pessoas que haviam procurado as direções municipais de trabalho em Havana em busca de emprego, apenas 4.552 conseguiram acesso às ofertas disponíveis.
Ivett Moya Pupo, diretora de Trabalho e Segurança Social na capital, destacou que permaneciam abertas cerca de 7.900 vagas, mas que aqueles que buscavam "inserir-se no universo laboral" apresentavam "um diverso espectro de expectativas".
"É verdade que alguns não encontram o que desejam em termos salariais, de conteúdo e até mesmo de proximidade de suas casas", reconheceu.
Situação semelhante ocorre em Santi Spíritus. No início de janeiro deste ano, Yudiana Afonso, coordenadora de Programas e Objetivos no governo provincial, revelou ao periódico oficial Escambray que apenas 49 por cento dos 9.814 candidatos a emprego na região haviam aceitado as ofertas.
A Granma indica que, atualmente, um dos objetivos do Estado é atrair mais mão de obra para atividades produtivas, em vez de direcioná-la para o setor orçamentário.
«No ano passado, 59 por cento dessas pessoas vinculadas estavam no setor estatal, e os 41 por cento restantes no setor não estatal. Dos trabalhadores que se inseriram no setor estatal, 70 por cento o fizeram na área empresarial e 30 por cento no setor orçamentário», explicou Fonseca Quesada.
Além disso, dos 30 por cento que foram alocados no setor orçamentário, mais da metade foi direcionada ao setor de Saúde, para apoiar o combate à pandemia do coronavírus.
Das pessoas localizadas, apenas 35 por cento têm menos de 35 anos. No entanto, o MTSS considera que os números revelam uma crescente motivação pelo emprego no país.
"Agora temos que fazer com que as estratégias de emprego nos municípios se assemelhem e respondam às necessidades reais do desenvolvimento local, e que, inclusive, a partir da comunidade, seja gerada a possibilidade de trabalho", considerou Fonseca Quesada.
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