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Os Estados Unidos lançaram um novo plano para incentivar o crescimento econômico de 30 países do hemisfério ocidental, com exceção dos regimes da Venezuela, Cuba e Nicarágua, informou em uma conferência de imprensa por telefone o Assessor Especial do presidente dos EUA, Mauricio Claver-Carone, que condicionou a inclusão da Argentina à postura que Alberto Fernández assumir em relação às ditaduras do continente.
O plano América Crece, que será apresentado com mais detalhes na próxima terça-feira, 17 de dezembro, exclui o Canadá e se concentra em promover investimentos e financiamento do setor privado, a partir do desenvolvimento econômico que os Estados Unidos experimentaram nos últimos anos, e sua disposição de apoiar outros países da região, particularmente nas áreas de energia e infraestrutura.
Venezuela, Cuba e Nicarágua estão excluídos do plano da Casa Branca, pois são ditaduras que estão em falência; são um exemplo de fracasso e, obviamente, o restante da região não deseja viver esse modelo de fracasso, quer seguir o caminho do sucesso que apoiamos com este programa, afirmou.
Claver-Carone lembrou que a intenção dos EUA é exercitar pressão sobre o regime de Maduro para que ele renuncie ao poder por vontade própria, ressaltou.
Condicionou a inclusão da Argentina no plano, apesar das necessidades de financiamento na área de energia, à atitude que a nova administração de Alberto Fernández demonstrar em relação aos governos totalitários da região.
Os EUA perguntaram ao recém-empossado presidente argentino se ele se comportará como um defensor da democracia ou se se tornará um apologistas das ditaduras na região.
A relação entre os Estados Unidos e a Argentina beneficia a Argentina. Aqui estamos falando do América Crece, um programa que vai ajudar o gigante sul-americano em seu desenvolvimento energético, para que possa crescer, pagar suas dívidas, proporcionar uma vida melhor ao seu povo e sair da atual crise econômica, destacou.
Referring to Evo Morales, ele disse que enquanto promover a instabilidade e a violência na Bolívia, o ex-presidente influenciará negativamente a América Latina.
Washington intensificará as medidas de pressão contra o governo de Daniel Ortega na Nicarágua, visando garantir um processo eleitoral limpo e justo e, evidentemente, que cessem as graves violações de direitos humanos contra o povo nicaraguense.
O funcionário do Departamento de Estado, de origem cubana, afirmou que o crescimento econômico trará estabilidade, democracia e prosperidade para a maioria dos países da América Latina e do Caribe.
Até o momento, existem acordos nessa direção com os governos do Panamá, Chile, Argentina, Jamaica e Colombia; e outros pactos já estão em andamento com o Peru, Brasil e El Salvador. Outro projeto sub-regional envolve Honduras, Guatemala e El Salvador.
A Casa Branca prevê que os financiamentos tenham um impacto imediato, graças a um superávit na produção de gás natural, que transformou os Estados Unidos em um exportador de energia pela primeira vez em sua história.
O baixo custo do gás natural, garantias de empréstimos, assistência técnica e outras ajudas beneficiarão os países incluídos na nova iniciativa norte-americana, destacou Claver-Carone.
A proposta seria a terceira dos Estados Unidos nos últimos 58 anos para a América Latina, antecedida pela Iniciativa para as Américas (1990, George Bush) e pela Aliança para o Progresso (1961-1970, John F. Kennedy).
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