Os países da América Latina que mais dependem das remessas

Atualmente, as remessas representam mais de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) em 5 dos países incluídos no estudo.

Wester Union © Cartas desde Cuba / Raquel Pérez
Western UnionFoto © Cartas desde Cuba / Raquel Pérez

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Este artigo é de há 6 anos

Um informe publicado pelo centro de estudos "Diálogo Interamericano", com sede em Washington, indica que ―em 2017― as remessas familiares enviadas a 17 países da América Latina e do Caribe atingiram 75 bilhões de dólares, o que representou um aumento de mais de 8% em relação a um estudo similar do ano anterior.

A cifra supera amplamente as previsões do Banco Mundial, que estimava um aumento de 1,2%. Atualmente, as remessas representam mais de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) em cinco dos países incluídos no estudo.

Mais de um terço dos 75 bilhões de dólares teve como destino o México (28,630 bilhões), e provinham principalmente dos Estados Unidos.

Para alguns países latino-americanos, as remessas constituem uma parte fundamental de sua economia, chegando a representar em alguns casos mais de um terço de seu PIB.

O crescimento nas remessas se deve às altas taxas migratórias em países como Haiti, República Dominicana, Guatemala, Honduras, El Salvador e Colômbia.

Esses países mencionados representam 45% dos fluxos de remessas e experimentaram um crescimento de mais de 10% no ano passado. De fato, no caso da América Central e do Caribe, o crescimento econômico projetado de 3,5% para esses países deve-se em grande parte ao aumento combinado de 15% nas remessas.

O que acontece no caso de Cuba?

Embora Cuba seja um dos países da América Latina com uma maior proporção de cidadãos no exterior e haja um elevado número de migrantes cubanos que enviam remessas, a Ilha não foi incluída no estudo do Diálogo Interamericano porque, conforme indicado, “não havia dados atualizados disponíveis”.

De acordo com a Pesquisa da Comunidade Americana, nos EUA há cerca de 2,2 milhões de residentes de origem cubana, dos quais aproximadamente 1,3 milhões são imigrantes.

Um estudo realizado em 2017 pelo The Havana Consulting Group (THCG) ― uma empresa de consultoria em economia e negócios em Cuba, com sede em Miami ― revelou que as remessas enviadas a Cuba em 2016 totalizaram cerca de 3,444 bilhões de dólares.

De acordo com o que foi indicado pela BBC, esse valor de remessas ultrapassaria os 2,907 milhões de dólares que a Ilha recebeu com turismo naquele mesmo ano e "equivale a quase 70% das exportações de bens da Ilha".

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