Mais de 508 mil inspeções e 680 negócios fechados em Cuba após a operação anticorrupção

Cuba realiza inspeções em negócios, fechando temporariamente 680 por irregularidades.

Inspectoras en La Habana © Gobierno de La Habana, Facebook
Inspectoras em HavanaFoto © Governo de Havana, Facebook

O Ministério das Finanças e Preços (MFP) em Cuba, como parte do Exercício Nacional de Prevenção e Enfrentamento às Ilegalidades, realizou entre 2 e 7 de dezembro mais de 508 mil inspeções, a maioria delas no setor privado.

"Até o momento, 680 negócios foram fechados temporariamente, até que esse agente econômico retifique sua atitude e se ajuste ao que está estabelecido. Caso contrário, permanecerá fechado de forma definitiva", disse o ministro de Finanças e Preços, Vladimir Regueiro Ale.

Enfatizo que no país "foram realizadas 508.845 inspeções para avaliar a questão dos preços e foi detectado um nível de descumprimento que não conseguimos corrigir. As principais incidências estão relacionadas a preços abusivos ou especulativos, irregularidades na pesagem e o ocultamento de mercadorias".

Até o momento deste ano, o total de ações de controle fiscal em Cuba soma mais de 186.445. Segundo o MFP, essas ações visam corrigir distorções econômicas e reimpulsionar a economia.

Até a data, foram aplicadas mais de 313.000 multas, totalizando um valor de 814 milhões de pesos.

"Isso nos permitiu uma determinação de dívida de mais de 4,3 bilhões, dos quais cerca de 68%, aproximadamente 3 bilhões de pesos, já foram recuperados em favor do Orçamento do Estado", disse o ministro.

Em paralelo, o MFP gerenciou mais de 216 milhões de pesos em dívidas adicionais. Afirmam que isso representa uma melhoria na efetividade dos procedimentos tributários.

Vladimir Regueiro Ale afirmou que essas ações de controle não visam apenas sancionar as violações, mas também promover uma maior cultura tributária e econômica entre a população.

O Exercício nacional de prevenção e enfrentamento ao crime, à corrupção, às ilegalidades e às indisciplinas sociais foi impulsionado por Miguel Díaz-Canel em meio aos escândalos protagonizados por seu enteado Manuel Anido e Sandro, o neto de Fidel Castro, que levam vidas de luxo com um dinheiro que muitos afirmam provenir dos cofres do Estado.

Perguntas frequentes sobre a atuação anticorrupção em Cuba e seu impacto no setor privado

Quantos negócios foram encerrados em Cuba durante o exercício anticorrupção?

Durante a operação anticorrupção realizada de 2 a 7 de dezembro de 2024, o Ministério das Finanças e Preços de Cuba fechou temporariamente 680 estabelecimentos no país. Esses fechamentos são decorrentes de irregularidades detectadas durante mais de 508 mil inspeções realizadas, principalmente no setor privado.

Quais são as principais irregularidades detectadas nas inspeções?

As principais irregularidades identificadas durante as inspeções incluem preços abusivos ou especulativos, irregularidades na pesagem e ocultação de mercadorias. Essas violações fazem parte de um padrão mais amplo de descumprimento no setor privado cubano.

Quais medidas o governo cubano tomou contra as ilegalidades no setor privado?

O governo cubano implementou um rigoroso sistema de inspeções e multas para controlar as irregularidades no setor privado. Até o momento, mais de 313.000 multas foram impostas, acumulando um total de 814 milhões de pesos. Além disso, estão sendo promovidas medidas para incentivar uma cultura tributária e econômica na população.

Como a Resolução 225/2024 afeta o setor privado em Cuba?

A Resolução 225/2024 estabelece preços limites para seis produtos básicos de alta demanda em Cuba. Essa normativa intensificou as inspeções e sanções no setor privado, resultando em um aumento nas multas e no fechamento de negócios que não cumprem os preços regulados.

Qual é o impacto da cruzada anticorrupção na economia cubana?

A cruzada anticorrupção em Cuba busca corrigir distorções econômicas e reimpulsionar a economia do país. No entanto, a eficácia dessas medidas é questionada devido à falta de transparência e ao foco em sancionar o setor privado, enquanto outras áreas críticas, como os preços nas lojas estatais em moeda livremente conversível, são ignoradas.

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