A União Elétrica (UNE) de Cuba informou nas primeiras horas da manhã desta sexta-feira que a Central Termoelétrica (CTE) Lidio Ramón Pérez, conhecida como Felton, já está em operação novamente.
"ETE 'Lidio Ramón Pérez' Felton em 220 MW contribuindo novamente para o Sistema Elétrico Nacional", publicou a UNE em suas redes sociais pouco antes das 7 da manhã deste 6 de dezembro.
Em outra publicação recente, a UNE precisou que a conexão de Felton 1 ocorreu às 23h08, ou seja, pouco antes da meia-noite.
"Felton 1 em linha com o SEN e aumentando a carga", escreveram.
Apesar da boa notícia, os cubanos não se mostraram muito animados com o anúncio, pois as conexões e desconexões são constantes, gerando uma espiral de estresse que alivia pouco a essência do problema: os apagões.
Na noite desta quinta-feira, uma falha registrada em Felton afetou várias províncias cubanas, resultando em um apagão em massa.
De acordo com uma breve informação da União Elétrica, o incidente ocorreu às 19h33, quando o Bloco 1 da usina disparou automaticamente, interrompendo seu funcionamento.
A interrupção na termoelétrica provocou uma redução significativa na geração de energia.
Apagões em Cuba: Crise energética e falhas nas termoelétricas
A Central Termoelétrica Felton enfrentou diversas saídas do Sistema Elétrico Nacional (SEN) ao longo de 2024, destacando-se incidentes como o ocorrido em outubro, quando a unidade 1 foi retirada de operação devido a uma manutenção inadiável de 10 dias focada na caldeira.
Em maio, a mesma unidade ficou fora de operação durante 25 dias devido a uma manutenção programada. Além disso, em agosto, a usina voltou a sair do sistema devido a uma "furacão" na caldeira, sem que fossem fornecidos detalhes sobre o tempo necessário para sua reparação.
No dia 4 de dezembro, o país enfrentou o terceiro colapso total do Sistema Elétrico Nacional em menos de dois meses, devido a uma saída inesperada da usina termelétrica Antonio Guiteras, localizada em Matanzas.
Previamente, no dia 2 de dezembro, os municípios de Santiago de Cuba e Guantánamo ficaram sem eletricidade devido a uma falha na linha de 110 kV em Renté.
Nas redes sociais, os cidadãos expressam repetidamente sua frustração diante do que consideram um estado de emergência energética. A falta de soluções efetivas, somada às promessas não cumpridas do governo, intensifica o descontentamento social e evidencia a necessidade de uma mudança na gestão do sistema elétrico.
Perguntas frequentes sobre os apagões e a crise energética em Cuba
Qual é a principal causa dos apagões em Cuba?
A principal causa dos apagões em Cuba é a fragilidade do sistema elétrico nacional, agravada por falhas frequentes nas centrais termoelétricas e uma gestão governamental inadequada. A falta de manutenção apropriada e a escassez de recursos resultaram em uma crise energética prolongada.
Qual é o impacto da falha na termoelétrica Felton no suprimento de energia elétrica?
A falha na termoelétrica Felton provoca uma redução significativa na geração de energia, resultando em apagões em várias províncias de Cuba. Essa situação se repete devido às constantes quebras e à manutenção insuficiente da planta.
Como os cubanos reagem aos apagões contínuos?
Os cubanos expressam sua frustração e descontentamento principalmente por meio das redes sociais, onde criticam a falta de soluções eficazes e as promessas não cumpridas do governo. Esse descontentamento se intensificou devido à incapacidade do regime de garantir um fornecimento de eletricidade estável.
Que ações o governo cubano tomou para resolver a crise energética?
O governo cubano implementou manutenções nas centrais termoelétricas e cortes rotativos de eletricidade como medidas para enfrentar a crise energética. No entanto, essas ações não conseguiram estabilizar o fornecimento de eletricidade, deixando a população sem uma solução a longo prazo.
O que se espera do futuro do sistema elétrico em Cuba?
O futuro do sistema elétrico em Cuba é incerto, uma vez que as constantes falhas, a falta de manutenção adequada e a gestão ineficaz do governo sugerem que a crise energética continuará a curto prazo. A situação requer uma mudança significativa na gestão e na infraestrutura para melhorar o fornecimento de energia elétrica.
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