Elizabet Tuñón está vivendo os dias mais difíceis de sua vida desde que seu filho, William Tamayo Tuñón, de 41 anos, desapareceu no mar junto com o jovem Alejandro Peñafuerte, de 17 anos.
Segundo sua família, William saiu de casa no município de Martí, em Matanzas, na segunda-feira à tarde com a intenção de pescar, mas as suspeitas indicam que ele embarcou em uma lancha rápida com destino aos Estados Unidos.
Desde então, o silêncio e os rumores têm sido sua única companhia.
"Sou a mãe de William Tamayo Tuñón. Meu filho está desaparecido desde segunda-feira às 14h, quando saiu para pescar com Alejandro Peñafuerte. Não temos notícias do meu filho. Recebemos a informação de que ele está afogado. Não sabemos de nada. Estou desesperada”, confessou Elizabet ao Martí Notícias.
William, pai de duas crianças de 15 e 5 anos, costumava pescar com frequência na costa norte de Cuba.
Sua partida naquele dia não foi diferente das anteriores, segundo a família, que o viu sair com a promessa de voltar em dois ou três dias, quando acabasse o gelo para conservar o peixe. No entanto, desta vez ele não retornou.
A desesperação da mãe cresce a cada hora que passa sem notícias concretas.
" Sempre há esperança. A esperança é a última a morrer, por mais difícil que seja isto. Meu filho tinha uma tatuagem com os nomes de seus filhos e outros em uma perna. Só queremos saber o que aconteceu. Estou devastada”, expressou Elizabet.
Uma família em suspense
O caso de William e Alejandro mergulhou a família em um estado de incerteza permanente.
A mãe dos filhos de Tamayo Tuñón, Yaniuska González, também clama por respostas.
“Isso está afetando muito as crianças. Estamos passando por momentos muito difíceis. Pedimos à Guarda Costeira dos Estados Unidos ou a qualquer pessoa que saiba de algo que nos forneça alguma informação oficial”, implorou.
A família recebeu versões contraditórias sobre o que aconteceu.
Alguns rumores indicam que a lancha na qual supostamente viajavam sofreu um acidente do qual apenas um dos lancheros sobreviveu, enquanto outros afirmam que há três sobreviventes. No entanto, nenhuma autoridade confirmou essas informações.
“A polícia cubana procurou sem sucesso, e a Patrulha Fronteiriça dos Estados Unidos nos informou que não têm informações sobre eles. Não sabemos a quem mais recorrer”, acrescentou González.
A Guarda Costeira dos Estados Unidos confirmou que está investigando o caso após receber um pedido de informações do referido veículo de imprensa, mas até o momento não há pistas concretas sobre o paradeiro dos desaparecidos.
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