Uma estudante da Escola Militar Camilo Cienfuegos, em Bayamo, expressou seu orgulho por pertencer à instituição, afirmando que sua formação se baseia nos valores de honestidade, disciplina e coragem que associa ao exemplo de Camilo Cienfuegos, evidenciando também o adoctrinamento que recebe.
“Tudo o que se realiza é com o exemplo de Camilo”, declarou a jovem à emissora CMKX Radio Bayamo.
A jovem, que ocupa o cargo de política de batalhão, destacou sua dedicação em promover a disciplina e organizar atividades na escola, salientando que esses valores a tornam uma "aluna exemplar".
Além disso, afirmou que ser parte dos "Camilitos" lhe proporcionou habilidades e princípios que, segundo suas palavras, serão úteis em sua vida futura: “Ser Camilito forjou em mim muitos valores que me servirão para minha vida”.
O testemunho destaca o tipo de formação promovido por essas instituições militares, concebidas para incutir um modelo de conduta baseado no cumprimento disciplinado de tarefas e na adoção de valores associados ao sacrifício e à entrega.
No entanto, isso continua a refletir um sistema educacional rígido, onde se prioriza a obediência e a propagação de ideais oficiais, a adequação "revolucionária", deixando pouco espaço para visões críticas ou alternativas.
Enio Ángel Vega Catá, um cidadão cubano que pertenceu por 14 anos às Forças Armadas Revolucionárias (FAR), mostrou em 2023 que vivia como um mendigo, sem-teto e abandonado pelos serviços sociais e pelas autoridades cubanas.
"Neste momento, sou uma pessoa desamparada. Não tenho onde viver, nem nada. Fui oficial das Forças Armadas por 14 anos. Cheguei ao posto de Capitão. Estudei nos ‘camilitos’, na Escola de Cadetes de La Cabaña. Graduei-me lá como Técnico Médio em Comando Tático", explicou Vega Catá ao meio independente CubaNet.
Arquivado em: