Uma mulher que em outubro passado atropelou mortalmente um casal de idosos cubanos em Hialeah e depois fugiu foi formalmente acusada de homicídio.
Susej Calcines, de 47 anos, foi processada na sexta-feira no tribunal penal e enfrenta duas acusações de homicídio veicular e duas acusações por deixar o local de um acidente que resultou em morte.
Segundo os registros consultados pela Telemundo, acreditava-se anteriormente que os promotores poderiam não ter provas suficientes para imputá-la pelos crimes de homicídio culposo, uma vez que não tinham conseguido demonstrar se ela estava dirigindo de forma imprudente.
O trágico incidente ocorreu no domingo, 13 de outubro, por volta das 19h. Julio Eduardo Hernández, de 87 anos, e Manuela Hernández, de 84, foram atropelados enquanto atravessavam a 8ª Avenida do Leste. O casal, que estava casado há mais de 60 anos, havia saído de casa para comprar um bilhete de loteria. Morreu no local.
Calcines fugiu do local após o acidente sem prestar ajuda, mas a Polícia revisou as câmeras de segurança e localizou seu carro, um Mercedes Benz GL450 preto de 2007.
Ao ser presa, disse à polícia que não lembrava do acidente. Posteriormente, confessou ser a responsável.
"Terminaram de comer e foram jogar um número (da loteria) aqui na esquina e, ao cruzar a rua, levaram um golpe (...) fui para casa dois minutos depois, percebi que não estavam lá e saí à procura deles. Quando vi a Polícia, saí correndo e já estavam mortos, eles foram mortos no mesmo lugar", relatou entre lágrimas a filha do casal.
Dias depois do ocorrido, a juíza Mindy S. Glazer impôs a Susej Calcines uma fiança de 30 mil dólares e ordenou que fosse colocada sob prisão domiciliar com um monitor de tornozelo. Ela também foi proibida de dirigir.
"Isso é devastador. Você acabou de destruir uma família. Um casal de idosos, marido e mulher, que conseguiu construir uma vida e uma família aqui nos EUA, e você acabou de destruir isso e abandonou a cena do acidente sem prestar nenhum tipo de ajuda a essas pessoas", afirmou o tenente da Polícia de Hialeah, Eddie Rodríguez, após o acidente.
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