O governante cubano Miguel Díaz-Canel, que na tarde de sexta-feira esteve no município matancero de Calimete, respondeu a um delegado do Poder Popular que “é preciso ter coragem”, uma frase recorrente que utiliza para afirmar que Cuba vai superar a crise em que se encontra.
Díaz-Canel, que se dirigiu aos moradores em um encontro que se apresentou como espontâneo, refletiu sobre a importância do papel da comunidade na busca de soluções para os problemas locais, sublinhando a necessidade de atender e responder às preocupações dos cidadãos.
Segundo um comunicado publicado nas redes sociais pela Assembleia Provincial de Matanzas, o discurso do governante destacou a responsabilidade coletiva e o compromisso das autoridades com a população, alinhando-se à sua narrativa habitual de reforçar a participação comunitária como um mecanismo para enfrentar a crise que o país atravessa.
O mandatário reiterou que os problemas que a ilha enfrenta não serão resolvidos por agentes externos, afirmando que “é preciso ter coragem, é preciso lutar, mesmo em circunstâncias muito difíceis”.
"Nos esforçamos para observar as boas experiências nas comunidades e generalizá-las, para que as más experiências se transformem em boas. Isso nos mostra que existem muitos grupos que estão fazendo as coisas de maneira diferente e encontrando soluções para os problemas. Portanto, sou um dos convencidos, não só pelo desejo, mas pelo que vejo. Por tudo que estamos testemunhando, podemos, sim, superar este momento, desde que trabalhemos juntos, com o esforço de todos", disse aos moradores do Batey Jesús Sablón Moreno.
Díaz-Canel tem utilizado reiteradamente a expressão "é preciso guapear" para pedir resistência e perseverança à população cubana em meio à crise econômica. Em junho de 2024, durante uma intervenção pública, destacou que ninguém resolveria os problemas da ilha de fora, exortando os cidadãos a enfrentarem a escassez de alimentos e outros bens essenciais com paciência e determinação.
A narrativa do "guapeo" reforça sua estratégia de mobilização comunitária, mas também evidencia a falta de soluções concretas para atender às crescentes demandas sociais e econômicas.
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