Imías permanece incomunicada e o exército cubano distribui alimentos por via aérea.

O MINFAR anunciou que estão em meio a uma "operação aérea" para o traslado de alimentos para Imías.


Nesta quinta-feira, o jornal local Venceremos informou sobre "uma operação aérea para o transporte de alimentos em direção a Imías", pois esse município guantanamero ainda está incomunicado por via terrestre devido aos graves danos que o furacão Oscar deixou na região.

O jornalista Miguel Reyes indicou que se "trabalha intensamente para criar um acesso ao território e facilitar insumos de alimentos e medicamentos para os habitantes".

Reyes Mendoza precisou que enviarão alimentos com massas, 4 latas de sardinha, 1 quilograma de arroz, grãos e outros recursos, assim como água potável para o consumo da população.

Captura do Facebook/Miguel Notícias

O Ministério das Forças Armadas Revolucionárias (MINFAR) publicou imagens no Facebook do que qualificou como "operação aérea para o transporte de alimentos em direção a Imías".

"Sem descanso, nossos combatentes e forças combinadas de diferentes ministérios trabalham para prestar assistência à população afetada", precisaram.

Captura do Facebook/Minfar Cuba

Paralelamente, são realizadas iniciativas privadas de ajuda. A ativista Yamilka Latifa (Lara Crofs) informou sobre um contêiner enviado do exterior que contém "comida, insumos médicos, medicamentos, fraldas, camas de hospital, colchões e muitas outras coisas".

Lara Crofs também deu outros dois endereços em Havana onde podem ser feitas doações, além das informações de dois cartões para doar em MN e MLC.

A situação em Guantánamo continua sendo crítica. O governo cubano informou que existem, de maneira preliminar, mais de mil habitações com danos em vários municípios da província.

Miguel Díaz-Canel chegou nesta quarta-feira ao município de San Antonio del Sur, e lá recebeu de forma direta algumas críticas e reclamações diretas dos moradores.

De momento, se mantém um saldo preliminar de sete mortos em Guantánamo, incluindo uma menina de cinco anos. No entanto, há relatos de desaparecidos que o governo não divulgou e muitos cubanos estimam que o número real de mortos é superior.

Embora o apagão massivo que desde o meio-dia da última sexta-feira manteve o país no escuro e dificultou que os cubanos pudessem se informar sobre a chegada do fenômeno meteorológico, o governo cubano argumenta que foram realizadas evacuações.

No total, mais de 15.000 pessoas foram evacuadas: 9.000 em Imías e 6.000 em San Antonio del Sur, segundo informou na segunda-feira o jornal Granma.

No entanto, as imagens do que aconteceu tanto em San Antonio del Sur quanto em Imías são impactantes: lares inundados, alimentos perdidos e muitas famílias lutando para recuperar o pouco que conseguiram salvar.

As labores de recuperação já estão em andamento, mas o desafio é enorme em um país que atravessa uma profunda crise econômica e em todos os aspectos.

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