Díaz-Canel cancela celebrações pelo Dia da Cultura Cubana devido ao apagão geral e ao furacão Oscar.

O regime informou que decidiu suspender as atividades administrativas não essenciais e as aulas durante os dias segunda-feira, 21, terça-feira, 22 e quarta-feira, 23 de outubro.

Bandera cubana en una construcción ruinosa en la isla (Imagen de referencia) © CiberCuba
Bandeira cubana em uma construção ruïnosa na ilha (Imagem de referência)Foto © CiberCuba

O governante cubano Miguel Díaz-Canel anunciou neste domingo a suspensão das celebrações pelo Dia da Cultura na ilha devido à complexa situação energética que atravessa o país e aos efeitos do furacão Oscar.

"Por causa da complexa situação energética e do furacão, não podemos celebrar o #DiaDaCulturaCubana, em memória daqueles que há 156 anos saíram para conquistar a independência. Mas temos Pátria, Revolução e socialismo, ou seja, garantia de proteção para todos", expressou o mandatário comunista através de sua conta no X.

Além disso, em nota publicada na página da presidência, o regime informou que decidiu suspender as atividades administrativas não essenciais e as aulas durante os dias segunda-feira, 21, terça-feira, 22 e quarta-feira, 23 de outubro.

O governo comunista sustentou esta medida na proximidade do furacão Oscar à região oriental de Cuba e nas labores que tentam restabelecer o Sistema Electroenergético Nacional (SEN) após seu colapso total na manhã da sexta-feira passada, que levou ao ponto mais álgido a já severa crise energética que o país sofre há meses.

A comunicação oficial precisou que “os trabalhadores que estão mobilizados diante dessas circunstâncias” receberão o pagamento de seu salário médio e aqueles que, em razão dessa suspensão, não comparecerem ao trabalho, receberão o “pagamento de uma garantia salarial equivalente ao salário da escala do cargo que ocupam”.

Os serviços vitais para a população continuarão operacionais durante este período, mas a cancelamento do restante das atividades se soma às medidas de emergência tomadas pelo regime de Havana.

Desde a última sexta-feira, a União Elétrica de Cuba (UNE) emitiu um comunicado no qual detalhou as medidas tomadas devido à emergência em que se encontra o país.

As medidas, que entraram em vigor desde esse mesmo dia e atualizadas neste domingo, são as seguintes:

- Todos os serviços que não sejam vitais e que gerem gastos de energia estão suspensos.

O Ministério da Cultura (MINCULT) suspende as atividades culturais, tanto no setor estatal quanto não estatal.

- Mantêm-se em funcionamento apenas os centros vitais, como os hospitais e os que produzem alimentos.

- As atividades de discotecas, centros de recreação e outras que gerem altas concentrações de pessoas estão suspensas.

- O Ministério da Educação (MINED) suspendeu as atividades docentes de sexta-feira até domingo em todos os níveis de ensino.

-Serão ativados todos os Conselhos Energéticos, tanto a nível nacional, provincial como municipal.

- Apenas permanecerá trabalhando o pessoal indispensável nos centros de trabalho.

O primeiro-ministro cubano, Manuel Marrero Cruz, se apresentou na noite de quinta-feira em uma aparição tumultuada no rádio e na televisão cubanas ao lado de diretores do Ministério de Energia e Minas, para informar sobre a atual crise.

Marrero Cruz deixou claro que a situação é extremamente crítica e indicou que não se espera uma solução a curto prazo.

"Há três fatores importantes que incidem no déficit de geração elétrica: o estado da infraestrutura, a falta de combustível e o aumento da demanda", reconheceu, embora tenha sublinhado que a falta de combustível é o elemento mais destacado dos três.

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