O governo cubano negou que um petroleiro de combustível tenha chegado a Havana vindo da Rússia, apesar de que as plataformas de acompanhamento por satélite mostraram sua chegada a Havana na quarta-feira passada.
"Não há nenhum barco russo chegando com combustível para o país", afirmou o ministro de Energia e Minas, Vicente de La O Levy, em um podcast especial sobre a situação energética.
O dirigente destacou que nunca houve nenhuma informação oficial sobre esse tema e acrescentou que a divulgação da notícia não foi mais do que uma "provocação" para provocar uma reação.
"Há quem provoque, há provocações. Faz-se esse tipo de insinuação para esperar a resposta", disse.
De La O assegurou que se mantém informado sobre tudo o que é publicado tanto nas redes sociais quanto nos meios de comunicação estatais.
"Há muitos comentários que às vezes podemos responder e há outros que são muito sensíveis, e demoramos porque temos que analisar bem. Lembrar que temos um inimigo que está analisando palavra por palavra", sublinhou.
Apesar das declarações do ministro, os aplicativos de rastreamento marítimo indicam que o PVT Clara, que navega com bandeira do Panamá, chegou a Havana no dia 2 de outubro e partiu neste sábado.
O navio, com capacidade de 20.831 toneladas, zarpou da Rússia em 14 de setembro.
A crise energética mantém a população em uma agonia constante, sofrendo até mais de 10 horas de apagões por dia em muitas localidades.
Para este sábado, a União Elétrica (UNE) previu uma afetação de 1140 MW em horas de pico, com cinco unidades termelétricas fora de serviço devido a avarias e outras duas por manutenção, além de 44 centrais de geração distribuída paradas por falta de combustível.
Na sexta-feira, o serviço foi afetado por déficit de capacidade de geração nas 24 horas e isso se manteve durante toda a madrugada de hoje.
A máxima afetação por déficit de capacidade de geração no horário de pico foi de 1198 MW às 19h40, superior aos 1086 planejados.
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