Cuba enfrenta um aumento sustentado nos casos suspeitos de dengue e Oropouche, segundo o último relatório do doutor Francisco Durán García, diretor nacional de Epidemiologia do Ministério da Saúde Pública.
A transmissão ativa desses arbovírus continua em aumento, e na última semana as províncias de Pinar del Río, Mayabeque, Cienfuegos e Villa Clara relataram as maiores taxas de incidência de dengue, citou o jornal oficial Granma.
Neste último relatório, Durán García alertou sobre a entrada de pacientes que desenvolveram formas graves da doença, o que levou a um reforço das medidas preventivas e de atendimento médico.
El Oropouche, que também apresenta um panorama alarmante, registrou casos suspeitos em 193 áreas de saúde em 106 municípios das 15 províncias do país.
A doutora Ileana Morales Suárez, diretora de Ciência e Inovação Tecnológica do Minsap, indicou que desde maio se acumularam cerca de 12.000 casos suspeitos de Oropouche, alguns dos quais apresentaram complicações neurológicas e manifestações clínicas não descritas anteriormente na literatura médica.
As autoridades de saúde destacaram a importância de manter um ambiente limpo e de eliminar os criadouros de mosquitos, uma medida-chave para prevenir a proliferação desses vetores, ao reconhecerem que o regime não tem recursos nem combustível para impulsionar campanhas de fumigação e de controle.
Segundo o jornal, atualmente o Centro de Imunoensaio está tentando elaborar um kit de diagnóstico para Oropouche, enquanto o Instituto Finlay avalia a viabilidade de desenvolver uma vacina para a prevenção desta doença.
A situação nas ruas é preocupante, com relatos sobre o mau estado das condições higiênico-sanitárias e lixões que consomem grandes áreas nas cidades e nos bairros.
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