Mãe de médico assassinado em Havana pede justiça: "Que a todos os assassinos lhe deem prisão perpétua"

"Meu filho está no cemitério, de lá não sai. Que injustiça, era meu único filho. Fiquei sozinha, protegem os assassinos."

Doctor Pablo Corrales © Facebook / Denesse R. Guerra
Doutor Pablo CorralesFoto © Facebook / Denesse R. Guerra

A mãe de um médico assassinado em Havana no ano passado está insatisfeita com a condenação imposta ao autor do crime.

Pablo Corrales Susi, médico do policlínico Cristóbal Labra, no município de La Lisa, foi reportado como desaparecido em maio de 2023. Dias depois, foi encontrado sem vida, vítima de um assassinato para roubar sua moto, uma Suzuki na qual trabalhava para ganhar um dinheiro extra.

Um ano depois, sua aflita mãe exige que o responsável pelo ato permaneça na prisão pelo resto de sua vida.

"Que a todos os assassinos lhes deem prisão perpétua, mesmo que sejam menores de idade, que não os consintam mais, que não lhes deem liberdade condicional. Mão dura com todos, como faz Bukele", reclama Rebeca Susi Sarfati no grupo do Facebook "Denunciando os crimes em Cuba".

Captura do Facebook / Denunciando os crimes em Cuba / Rebeca Susi Sarfati

Segundo narrado em outro post, o assassino de seu filho foi capturado uma semana depois de aparecer seu corpo.

"Já foi feito o julgamento e só lhe deram 22 anos de prisão porque era menor de idade", relatou a idosa, que esclareceu que o criminoso tinha na verdade 20 anos.

Captura de Facebook / Denunciando os crimes em Cuba / Irma Broek

"Está em um lugar de menores para ser reabilitado. Enquanto isso, meu filho está no cemitério, de lá não sai. Que injustiça, era meu único filho. Fiquei sozinha, protegem os assassinos", concluiu.

Pablo Corrales, de 53 anos, foi outra vítima da onda criminosa que se desatou em Cuba nos últimos anos.

Descrito como uma pessoa incrível e nobre, saiu no dia 29 de maio de 2023 para abastecer e não se soube mais nada dele. Costumava trabalhar como mototaxista na Praça de Marianao, e naquele dia seu assassino o enganou para que o levasse da Piquera de 126 a um lugar. Na volta, o apunhalou para roubar sua moto e outras pertenças.

Quatro dias depois, seu corpo com múltiplas feridas foi encontrado entre a Universidade Tecnológica de Havana José Antonio Echeverría (Cujae) e a avenida Boyeros.

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