As ruas de Havana estão afetadas pela acumulação de lixo, o que gera uma crescente onda de denúncias por parte dos vizinhos, que utilizam as redes sociais para visibilizar uma problemática que afeta a salubridade e a qualidade de vida das comunidades.
Na rede social Facebook, a usuária Marilyn Ferrer denunciou a grave situação em que se encontra a interseção das ruas N e 27, em El Vedado, bem em frente à sua casa. “Não tenho mais o que dizer... as imagens falam por si”, expressou em sua publicação, acompanhada de fotos que mostram montanhas de lixo transbordando dos contêineres e ocupando grande parte da via pública.
Continuamente, os residentes das zonas têm apontado que a acumulação de resíduos tem provocado a proliferação de ratos e outros insetos, aumentando o risco de doenças e criando um ambiente insalubre.
Um cenário semelhante é vivido no município Cerro, onde um morador da rua Marino, entre San Pablo e Auditor, enviou imagens a meios digitais como CiberCuba para denunciar a situação em seu quarteirão.
Segundo o denunciante, o lixo na esquina cresceu tanto que agora invade os espaços próximos às residências, sem que as autoridades tenham tomado medidas para remediar o problema. "Os ratos, vermes e sem dizer as moscas, estão à vontade", expressou.
Este problema não se limita apenas à capital. Em Santiago de Cuba, uma família que reside na rua Serafín Sánchez, entre 8 e 9, no repartición Flores, tem enfrentado essa situação por mais de um ano. Os resíduos se acumulam em frente à sua porta, deixando apenas um caminho estreito pelo qual podem acessar sua casa.
Apesar de múltiplas queixas e denúncias às autoridades locais e outras instâncias governamentais, não receberam uma resposta concreta. "Vivemos entre o lixo. Fomos a todos os lugares, mas ninguém nos escuta", afirmou um dos membros da família afetada.
A acumulação de lixo se tornou um problema recorrente em várias cidades cubanas, com graves implicações para a saúde pública. A falta de recursos, infraestrutura adequada e uma gestão eficiente por parte das autoridades levou a que essa situação se prolongasse no tempo, afetando centenas de milhares de pessoas que convivem com montanhas de resíduos em seus bairros.
Os cidadãos continuam denunciando a inação dos organismos responsáveis e exigem soluções urgentes para conter a crise de salubridade que afeta suas comunidades, um problema ao qual o humorista Jardiel se referiu em sua última transmissão ao vivo nas redes sociais.
“Medir a idade dos lixões deve ser algo parecido com o que se faz com as sequóias, que se corta o tronco e se vê os anéis, e você sabe a idade que têm. Ou como as montanhas, pelas placas tectônicas. O que há de sedimentos debaixo desses lixões são cidades, são relíquias. Imagine encontrar uma pirâmide do Egito debaixo de um lixão!”, disse há algumas horas Jardiel, mostrando outro imenso lixão da capital.
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