Almoço beneficente em Miami a favor de presos políticos cubanos

O evento é organizado pelo Partido Republicano de Cuba, neste domingo, 22 de setembro, a partir das 10h00, no parque Serafín Sánchez. Cada participante deve pagar 15 dólares pelo menu. O dinheiro será destinado a ajudar os membros desta formação política que estão na prisão e suas famílias.


O Partido Republicano de Cuba organiza neste domingo, 22 de setembro, a partir das 10h00, um almoço beneficente ao qual estão convidados todos os cubanos que quiserem se aproximar do parque Serafín Sánchez, (4225 SW 92 Ave 33165), em Miami. Não é necessário reservar, pois se trata de uma área aberta e basta pagar 15 dólares pelo menu preparado para a ocasião, que inclui pratos típicos cubanos, entre os quais não faltará o porco. Também haverá apresentações e um sorteio.

Assim explicaram nesta quarta-feira Ibrahim Bosch López, presidente do Partido Republicano de Cuba, e o tesoureiro da formação, Leonger de la Rosa. Ambos fizeram um convite a todos os cubanos para se aproximarem do almoço beneficente de domingo para, com os fundos que forem arrecadados com a venda do almoço, ajudar os presos políticos que militam no Partido Republicano e suas famílias. Entre eles estão Lizandra Góngora, María Cristina Garrido e o bayamés Yoandrys Gutiérrez.

Isto foi muito claro para Ibrahim Bosch, que destacou que sua organização não recebe nenhum tipo de subsídio de qualquer governo e vive das contribuições de cinco dólares por mês que pagam seus afiliados. Também das doações que possam fazer seus simpatizantes e militantes. Basicamente, ele explicou que o Partido Republicano, ao não ter fundos, não pode enfrentar os centenas de prisioneiros políticos que há na Ilha (mais de mil, segundo o Prisoners Defenders). Por isso, este almoço beneficente é apenas para arrecadar fundos para ajudar os prisioneiros políticos que militam no Partido Republicano de Cuba.

Ibrahim Bosch aproveitou a entrevista para explicar por que o regime cubano acusa o Partido Republicano de "terrorismo". Segundo ele explicou, eles defendem a necessidade de formar pessoas dentro da Ilha para que liderem as manifestações espontâneas e evitem que não fiquem apenas em mais uma protesto nas ruas, mas que façam por tomar as instituições públicas e colocar atrás das grades os funcionários que lhes façam frente. Dessa forma, insistiu, não ocorrerá o que aconteceu na Venezuela, onde María Corina Machado conseguiu reunir milhares de venezuelanos nas ruas e essas protestos não conseguiram nada porque Maduro não está disposto a soltar o poder apesar de ter perdido as eleições.

Para conseguir devolver a democracia em Cuba, Ibrahim Bosch propõe centrar a luta em três pontos: um objetivo, uma estratégia clara e uma liderança. Isto, por último, reconheceu, falha de momento na Ilha porque o regime acabou com a sociedade civil, que sim conseguiu sobreviver eón Venezuela.

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Tania Costa

(La Habana, 1973) vive na Espanha. Dirigiu o jornal espanhol El Faro de Melilla e a FaroTV Melilla. Foi chefe da edição murciana de 20 minutos e assessora de Comunicação da Vice-Presidência do Governo de Murcia (Espanha).


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