Mais de um mês depois do desaparecimento em Ciego de Ávila da jovem cubana Claudia Cárdenas Rodríguez, de 27 anos e com deficiência mental, a angústia cresce e sua família continua à sua procura com desespero.
A menina desapareceu no dia 7 de agosto, quando saiu de sua casa na localidade de San Rafael, no município de Baraguá, sem deixar rastro, e ainda se desconhece seu paradeiro, segundo novas publicações compartilhadas por um de seus familiares nas redes sociais.
“Ela ainda está desaparecida, já não sabemos o que fazer nem onde procurar”, lamentou Odet Cárdenas em um recente post em um grupo do Facebook.
Em resposta a pessoas preocupadas com a jovem, Cárdenas esclareceu que Claudia “tem problemas mentais” e, com 27 anos, “sua mentalidade é de uma menina de dois anos. Infelizmente, ela escapuliu da avó e ainda não apareceu”.
Em outra publicação realizada nesta terça-feira, a mulher voltou a dar o alerta sobre o caso: “Desaparecida desde 7 de agosto, se alguém a ver, por favor ligue para (o) 51111341. Estamos desesperados. Obrigado.”
Quando desapareceu, Claudia vestia uma blusa azul e uma saia longa estampada, disse Cárdenas à nossa redação, e indicou que a denúncia foi feita à Polícia. "Estamos desesperados e já não sabemos onde procurar", afirmou.
As redes sociais têm sido o meio utilizado pela família da jovem para tentar encontrá-la, como acontece com outros casos semelhantes em Cuba, devido à falta de um canal estatal onde dar visibilidade.
Dois dias depois do desaparecimento de Claudia, o Observatório de Gênero Alas Tensas (OGAT) emitiu um alerta sobre seu caso, no qual denunciou a “imobilidade da polícia” em relação à sua busca.
"A imobilidade da polícia cubana diante deste caso de desaparecimento colocou a família de Claudia e a comunidade como seus únicos buscadores", afirmou a plataforma independente.
“Toda pessoa tem o direito de ser procurada desde os primeiros momentos em que se detecta sua desaparecimento, e que para sua busca sejam colocados todos os meios disponíveis”, sublinhou.
A publicação da OGAT destacou que Claudia é descrita por sua família como uma pessoa não agressiva e extremamente carinhosa, “como uma criança pequena”.
O observatório apontou então que não havia conseguido especificar que tipo de problema mental a jovem tem nem se toma algum medicamento.
Os relatos de desaparecimentos de pessoas em Cuba têm se tornado cada vez mais frequentes nos últimos meses, assim como a publicação de pedidos de ajuda nas redes sociais para obter informações que permitam localizá-las, em meio a um contexto de crescente insegurança no país devido ao aumento da criminalidade.
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