Mais de 25 dias sem água está a população de Caibarién, em Villa Clara.
O jornalista oficialista Henry Omar Pérez compartilhou fotos em seu perfil no Facebook onde é possível ver um grupo de pessoas com baldes, galões e tanques plásticos pegando o líquido de um caminhão da CUPET.
"A situação em Caibarién não é fácil. A falta de água por mais de 25 dias é uma realidade que atinge com força nosso povo. As famílias se esforçam para sobreviver com a escassez, as atividades cotidianas são afetadas...", admitiu.
Segundo Omar Pérez, a distribuição de água por caminhões-tanque tem se intensificado na região.
O blogueiro evitou exigir a responsabilidade do regime na crise e encheu sua publicação de frases como "a unidade e a solidariedade brilham como faróis de esperança", "a unidade do povo é nosso principal escudo", "cada família contribui com sua parte nesta batalha" ou "a situação é complexa, mas não impossível".
Suas palavras são muito diferentes das das pessoas afetadas na seção de comentários do post.
"A água de pipas, pelo menos a que veio para a minha área, não era potável, me pergunto de onde tiramos. Meu filho não pôde ir para a escola porque não tenho água nem para fazer o lanche e estamos esperando soluções há um mês", denunciou uma dona de casa.
"Não sabem pelo que estamos passando, nós estivemos no governo mais de três vezes por uma caminhão pipa e tudo é conta de histórias. Os aterros, o lixo chega às galáxias, não ao céu. As pessoas, na falta de água, fazem suas necessidades em sacolas e jogam nessas esquinas...", detalhou uma mãe de família.
"Eu passei até três meses nessa situação e é verdade que já há alternativas, mas muito caras, um tanque de 200 litros me custa 150 pesos. Acho que é necessário reavaliar isso e concordar em um preço mais acessível. Minha cervical está destruída de carregar água desde que me recordo", afirmou um homem.
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