A Migração Colômbia se pronuncia sobre incidente com o cantor cubano Amaury Gutiérrez no Aeroporto de Cartagena.

A Migración Colombia deu uma versão da história diferente da que o músico cubano apresentou.

Aeropuerto de Cartagena (i) y Amaury Gutiérrez (d) © Collage Sacsa - Instagram/Amaury Gutiérrez
Aeroporto de Cartagena (i) e Amaury Gutiérrez (d)Foto © Collage Sacsa - Instagram/Amaury Gutiérrez

A autoridade Migratória da Colômbia emitiu um comunicado oficial no qual relatou o ocorrido com o cantor cubano Amaury Gutiérrez e com seu gerente Yasir Pérez na madrugada desta quarta-feira, quando, por motivos diferentes, ambos foram inadmitidos na nação sul-americana.

A nota indica que o incidente ocorreu por volta das 12h30 no Posto de Controle Migratório do Aeroporto Rafael Núñez de Cartagena, após a chegada do voo 1145 da American Airlines, no qual chegaram o artista e seu gerente.

A nota oficial diz que Yasir Pérez “durante o processo de controle migratório, e na validação de seus documentos de identificação, não apresentou os documentos exigidos para a entrada no país, pelo que o oficial de Migração Colômbia aplicou a norma migratória estabelecida pelo Estado colombiano e inadmitiu o viajante”.

O comunicado acrescenta que nesse momento “o cidadão americano Amaury Gutiérrez interrompeu de forma abrupta e alterada o procedimento, e manifestou de forma desafiadora e em voz alta sua intenção de acompanhar Pérez caso este fosse inadmitido”.

A versão da autoridade migratória diz que Amaury Gutiérrez "lançou seu passaporte de maneira brusca e mostrou uma atitude intimidante ao tentar sair pela porta de entrada, o que obrigou à intervenção do pessoal de segurança do aeroporto e do apoio da Polícia Nacional".

“Este comportamento provocativo de Gutiérrez gerou uma situação de tensão com os oficiais presentes no controle, que se viram na necessidade de intervir para manter a ordem”, acrescenta o texto.

Como consequência, Yasir Pérez foi inadmitido, de acordo com o Artigo 70 de “Inadmissão ou rejeição” da normativa migratória vigente, devido à falta de documentação adequada para sua identificação; enquanto que o cantor cubano foi inadmitido pelo que qualificaram de “conduta perturbadora e irrespeitosa”.

No segmento final, o comunicado esclareceu que foi informado a uma terceira pessoa que viajava com eles que sim poderia entrar no país “já que sua documentação estava em ordem e não se viu envolvida no incidente”.

Ambos viajantes serão retornados ao meio-dia de hoje na companhia aérea American Airlines para Miami.

A Migración Colombia reitera seu compromisso com o cumprimento das normativas migratórias e a segurança nos Postos de Controle, e lamenta qualquer inconveniente que este incidente possa ter causado”, concluiu a entidade migratória.

A versão de Amaury Gutiérrez sobre o incidente

Desde o quartinho de Imigração onde permaneceu retido durante várias horas junto ao seu mánager, Amaury Gutiérrez disse em declarações anteriores ao jornalista Enrique Santos que ele não é um artista de causar escândalos e que, embora tenha havido uma discussão, em nenhum caso houve agressões verbais nem físicas ao agente de imigração envolvido.

“Não sou um artista que gosta de chamar a atenção, sempre vou pela música. É a primeira vez que me acontece isso, a primeira vez desde que começou minha carreira discográfica em 97, mesmo naquela época eu viajava com o passaporte cubano, que era um pesadelo", disse; e reiterou que nunca teve nenhum problema.

Explicou que -por um motivo que disse desconhecer- ao seu mánager queriam impedir a entrada no país, algo que incomodou Amaury.

"Eu intervenho na conversa 'um pouco exaltado', mas não houve agressão física nem verbal também", insistiu o músico, que qualificou de "comunista" o agente implicado, algo que ele diz que desagradou ao destinatário.

"Eu disse 'vocês estão nos tratando como se fossem comunistas' e aí eles ficaram furiosos e me disseram que eu também não entraria no país", relatou Amaury, que destacou que a reação das autoridades colombianas de Imigração foi "desproporcional".

Contou que os separaram do restante dos passageiros e que os atrasaram de propósito para que não pudessem ser retornados a Miami no mesmo avião e que tivessem que esperar até o voo desta quarta-feira.

"As pessoas sabem que eu não sou um artista de escândalos, eu sempre vou para a música. Tenho meus ideais, minha posição política bem clara, mas nunca desrespeitando ninguém", concluiu, ao mesmo tempo em que manifestou pesar pelo cancelamento da turnê de cinco concertos que tinha prevista na Colômbia de 6 a 14 de setembro.

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