Cubanos sob outras bandeiras em Paris 2024: Andy Díaz, uma reverência ao silêncio

Seus resultados causam movimentos telúricos no salto triplo masculino, como quando ganhou a Liga da Diamante em duas temporadas consecutivas (2022, 2023).

Andy Díaz © Facebook/Deporcuba
Andy DíazFoto © Facebook/Deporcuba

Sem o foco midiático de outras estrelas do atletismo, o cubano naturalizado italiano Andy Díaz chegará ao salto triplo de Paris 2024 entre os favoritos à medalha de ouro, embora alguns especialistas e seguidores não mencionem seu nome na hora de fazer previsões.

Díaz, que se desligou do movimento esportivo da ilha em 2021, parece trabalhar sempre em silêncio, mas seus resultados causam movimentos telúricos na especialidade, como quando ganhou a Liga do Diamante em duas temporadas consecutivas (2022, 2023), com grande estabilidade em suas marcas.

Aos 28 anos, ele terá agora a oportunidade de competir em Jogos Olímpicos com maior maturidade atlética e sob a orientação do treinador Fabrizio Donato, medalhista de bronze no triplo em Londres 2012.

De acordo com a revista El Estornudo, Donato o acolheu em sua própria casa e, segundo o cubano, ele o fez crescer no plano humano e esportivo.

Andy já não é aquele saltador instável de quando representava a maior das Antilhas. Aquele que, em algumas ocasiões, se encolhia nas competições. Atualmente, desafia sem um pingo de nervosismo e busca se posicionar no mais alto do pódio das premiações.

Muitos dos prognosticadores esquecem seu nome por sua marca pessoal (17,75) -é de se pensar-, porque parece pouco diante dos mais de 18 metros que ostentam seus compatriotas Pedro Pablo Pichardo (Portugal), atual monarca, e Jordan Díaz (Espanha). No entanto, é bastante raro que não passe de 17,60 e já isso é uma notável garantia.

Sem dúvidas, Andy, Pichardo e Jordan formam o trio de ponta em uma modalidade repleta de nível e que poderia deixar um pódio de cubanos sob outras bandeiras em Paris.

No entanto, a delegação oficial de Cuba apresentará Lázaro Martínez, campeão mundial em sala coberta em 2022, e o sempre competitivo Cristian Nápoles. Também não podem ser esquecidos o burquinense Hugues Fabrice Zangho e o jovem jamaicano Jaydon Hibbert.

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