Cubanos sob outras bandeiras em Paris 2024: Jordan Díaz, a ousadia da juventude

No dia 11 de junho, o triplista nacionalizado espanhol atingiu 18,18 metros, a terceira melhor marca de todos os tempos, e ficou a apenas 11 centímetros do recorde mundial.

Jordan Díaz © X/@EuroAthletics
Jordan DíazFoto © X/@EuroAthletics

No ano de 2021, Jordan Díaz decidiu eliminar a possibilidade de competir nos Jogos Olímpicos de Tóquio e abandonou a concentração de Cuba durante uma turnê de treinamento na Espanha.

Muitos ficaram surpresos, porque a decisão não era fácil, mas definitivamente o jovem triplista tinha seu plano traçado e passava por esperar e guardar suas forças para brilhar em Paris 2024.

Com total paciência, esperou o momento para se legalizar na "Mãe Pátria" e escolheu seu companheiro de fórmula: seu conterrâneo e ex-saltador de comprimento Iván Pedroso, considerado hoje o melhor treinador de tripe no mundo.

Após a conclusão do processo de nacionalização em 2022, tudo foi em ascensão, ao ponto que há algumas semanas demonstrou seu enorme talento, quando conseguiu o terceiro melhor registro da história: 18,18 metros, no Campeonato Europeu de Atletismo.

No dia 11 de junho, o nascido em Havana há 23 anos, protagonizou, além disso, o melhor resultado da atual temporada e ficou a apenas 11 centímetros da primazia mundial que pertence ao britânico Jonathan Edwards.

A classificação histórica ficou da seguinte forma: Jonathan Edwards (18,29), o americano Christian Taylor (18,21) e Díaz, que em sua estreia representando a Espanha se tornou o grande favorito para os Jogos de Paris.

Com essa e outras credenciais, sairá em busca do sucesso, que não encontrará facilmente, pois outros dois compatriotas têm qualidade suficiente para dar luta. Pedro Pablo Pichardo (Portugal), atual campeão, e Andy Díaz (Itália), vencedor da Liga do Diamante em algumas ocasiões, aparecem como seus principais rivais.

Todos integram o grupo de 21 atletas cubanos que competem nestes Jogos Olímpicos sob outras bandeiras. Treze nações contam com o talento dos nascidos na ilha, enquanto duas integram a Equipe de Refugiados: o canoísta Fernando Dayán Jorge e o halterofilista Ramiro Mora.

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