Argentina, Uruguai, Equador e Costa Rica reconhecem Edmundo González como Presidente eleito da Venezuela.

Este viernes, o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela ratificou que Maduro ganhou as eleições com 6.408.844 votos, totalizando 51,95 por cento, segundo a entidade.

María Corina Machado/Edmundo González ©

Argentina, Uruguai, Equador e Costa Rica reconheceram o candidato opositor Edmundo González como Presidente eleito da Venezuela, e consideraram que a proclamação de Nicolás Maduro como vencedor nas eleições é fraudulenta.

O chanceler do Uruguai, Omar Paganini, afirmou que as evidências que mostram que González obteve a maioria dos votos nas eleições presidenciais da Venezuela são "avassaladoras" e confiou que "a vontade do povo venezuelano seja respeitada".

Em um comunicado de última hora nesta sexta-feira, após as autoridades venezuelanas confirmarem Nicolás Maduro como vencedor nas eleições, Montevidéu expressou que, após cinco dias das eleições e apesar da declaração apressada do CNE, a autoridade eleitoral ainda não apresentou provas dos resultados reais, nem habilitou mecanismos de auditoria independente para a contagem de votos.

Destaca que a oposição venezuelana realizou um trabalho louvável de coleta de mais de 80% das atas de escrutínio, sem que sua veracidade tenha sido refutada pelos chavistas.

"De dicho recuento, surge com total contundência que o candidato Edmunfdo González foi o candidato à presidência que recebeu a maioria dos votos", sublinha.

URUGUAI

Por sua parte, a ministra de Relações Exteriores da Argentina, Diana Mondino, foi categórica ao sublinhar que "depois de vários dias de publicadas as atas eleitorais oficiais da Venezuela em: http://resultadosconvzla.com, todos podemos confirmar, sem lugar a nenhuma dúvida, que o legítimo vencedor e Presidente eleito é Edmundo González".

Este viernes, o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela ratificou que Maduro ganhou as eleições com 6.408.844 votos, totalizando 51,95 por cento, segundo a entidade.

Depois dessa proclamação, outros governos latino-americanos reiteraram que se trata de um resultado fraudulento.

A Presidência do Equador publicou um comunicado no qual afirma que "em respeito à vontade do povo venezuelano, o Equador reconhece Edmundo González como vencedor das eleições presidenciais", ao mesmo tempo em que denuncia a "evidente manipulação dos resultados do processo eleitoral".

Comunicado oficial do Equador

"A velha política tentou, com fraude e irregularidades, usurpar o resultado real do processo de escrutínio. Por isso, este reconhecimento do Equador se fundamenta no respeito à legítima vontade do povo desta nação, expressa com contundência nas urnas e sustentada pelo povo na mobilização nas ruas durante os últimos dias", sublinha.

Para o Equador, "O respeito pela democracia, pela justiça e pela transparência eleitoral não é uma questão de ideologias", mas sim "de princípios".

Contagem da oposição venezuelana com 80 por cento de atas

"Desde nosso espaço faremos o possível para evitar que a região se torne o berço da impunidade e da violação dos direitos cidadãos", sublinha o governo do Equador, e faz um apelo à comunidade internacional para respeitar o sacrifício venezuelano cuja decisão real é "voltar a ser livre".

A Costa Rica também foi categórica e refutou a "proclamação fraudulenta" de que Maduro ganhou as eleições.

Na véspera, os Estados Unidos disseram que "os dados eleitorais demonstram de forma esmagadora a vontade do povo venezuelano: o candidato da oposição democrática Edmundo González obteve a maior quantidade de votos nas eleições de domingo. Os venezuelanos votaram e seus votos devem contar".

O Peru já havia reconhecido o opositor como vencedor nas eleições.

O povo da Venezuela continua nas ruas exigindo que se respeite a vontade popular e que Maduro saia do poder.

O ditador rompeu relações com os países mencionados e ordenou o fechamento das embaixadas.

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