Governo cubano entrega bicicletas aos carteiros para "melhorar o serviço postal"

Os carteiros cubanos ganham menos de 3 mil pesos mensais.

Carteros cubanos © Gerardo Mayet Cruz/Periódico Victoria
Carteros cubanosFoto © Gerardo Mayet Cruz/Periódico Victoria

Os carteiros das oficinas dos Correios de Cuba na Ilha da Juventude foram beneficiados com a entrega de bicicletas para que ajudem a "sacar adelante a empresa", segundo uma funcionária estatal cubana.

A entrega do meio de transporte foi feita no dia 31 de julho e, no ato, a diretora dos Correios no município especial cubano, Eddyt Castro Rodríguez, lembrou que devem "cuidar dos meios que são adquiridos".

Também a diretiva chamou os carteiros a aumentar a quantidade dos pagamentos da Segurança e Assistência Social, os serviços de entrega em domicílio, assim como as assinaturas da imprensa. “Agora, com o meio de transporte, podem fortalecer os serviços nas unidades”, reportou o diário oficialista Periódico Victoria.

Ariel Molina Amador, comerciante da empresa no território, prometeu que também seriam entregues alguns apitos, embora tenha alertado que "ainda estão sendo procurados".

O funcionário mencionou que as bicicletas entregues são superiores em qualidade às de outros anos.

A migração e os salários baixos são fatores que influenciam na escassez de carteiros em várias partes do país.

Apesar das entregas dos meios de transporte, o governo não lhes fornece o acesso a pneus sobressalentes, nem a manutenções das bicicletas, tampouco os meios de proteção como capas para a chuva ou de trabalho, como calculadoras.

Amas de casa, idosos, pessoas com mobilidade reduzida ou que cuidam de enfermos são os principais grupos populacionais afetados pela falta de carteiros nas cidades.

Em 2022, uma reportagem do jornal oficialista avileño Invasor apontava que a maioria dos carteiros de Ciego de Ávila eram homens de idade avançada. Sofriam desgaste físico percorrendo a cidade em velhas bicicletas, e seus salários, devido à inflação, não representam muito para suas famílias. Ganham menos de 3 mil pesos mensais.

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